Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.807 mortes associadas à COVID-19 e 56.274 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, contabilizaram-se mais dois óbitos, 362 infetados e 163 recuperados. Ao todo há já 41.184 casos de recuperação em Portugal. 

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) regista mais de metade (59%) dos novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 214 das 362 novas infeções. Já a região Norte apresenta hoje uma subida de 109 casos, o que representa 30% das novas infeções.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 846 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (654 +2), Centro (253) e Alentejo (22). Pelo menos 17 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 311 doentes internados, menos 14 que ontem, e 38 em unidades de cuidados intensivos, menos três do que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 13.283 casos ativos da infeção em Portugal - mais 197 que ontem - e 33.782 pessoas em vigilância pelas autoridades - menos 39 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Casos por região

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 29.146 (+214), seguida da região Norte (20.130 +109), da região Centro (4.702 +25), do Algarve (1.044 +5) e do Alentejo (906 +8).

Nos Açores, existem 205 casos confirmados (+1) e na Madeira 141.

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.206 (+2) óbitos registados desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (356), entre 60 e 69 anos (159) e entre 50 e 59 anos (58).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 911 (+1) são do sexo masculino e 896 (+1) do feminino.

O novo modelo do boletim da DGS deixou de fornecer números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados e distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.

Imagem do boletim da DGS
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Objetos que aumentam o risco de contrair COVID-19 segundo a Direção-geral da Saúde
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Faixas etárias mais atingidas

Segundo a DGS, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos continua a ser a mais atingida, contabilizando-se um total de 9.274, seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 9.243 casos.

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 25.276 homens infetados e 30998 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 78 casos.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço da pandemia da AFP

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 820.180 pessoas em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais. De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, até às 11:00 de hoje (hora de Lisboa), já morreram pelo menos 820.180 pessoas e há mais de 23.950.580 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.

Pelo menos 15.340.900 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Nas últimas 24 horas foram registadas 6.169 novas mortes e 249.893 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus balanços são o Brasil (1.271), Estados Unidos (1.132) e Índia (1.059).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 178.524 óbitos e 5.779.395 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.053.699 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 116.580 mortes e 3.669.995 casos, o México com 61.450 mortes (568.621 casos), a Índia com 59.449 mortes (3.234.474 casos) e o Reino Unido com 41.449 mortes (327.798 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 84.996 casos (15 novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 80.015 recuperações.

A América Latina e as Caraíbas registaram 264.009 mortes e 6.870.822 casos, a Europa 213.747 mortes (3.794.310 casos), Estados Unidos e Canadá 187.650 mortes (5.905.364 casos), Ásia 90.835 mortes (4.713.006 casos), Médio Oriente 35.078 mortes (1.434.459 casos), África 28.274 mortes (1.204.600 casos) e Oceânia 587 mortes (28.026 casos).

O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.

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