O número total de casos de contágio é agora de 93.873, mais 5.252 do que no dia anterior, acrescentou. No domingo, tinham sido registadas mais 717 mortes e 4.342 novos casos de pessoas infetadas relativamente ao dia anterior.
Os números das mortes referem-se apenas a pacientes diagnosticados com a COVID-19 que morreram no hospital até às 17:00 da véspera e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
O número de pessoas infetadas é contabilizado de forma diferente e inclui os diagnósticos feitos até às 09:00 de hoje.
Hoje, o relatório semanal do instituto de Estatísticas britânico (ONS, na sigla em inglês) voltou a indicar que a taxa de mortalidade provocada pelo novo coronavírus deverá ser maior ao registar uma diferença de 15% entre as mortes publicadas pela direção regional de saúde de Inglaterra e aquelas observadas fora dos hospitais.
“Os dados comparáveis mais recentes de mortes envolvendo COVID-19 com data de óbito até 03 de abril mostram que houve 6.235 mortes em Inglaterra e no País de Gales. Ao analisar os dados de Inglaterra, são 15% mais elevados que os números do NHS [serviço nacional de saúde britânico], pois incluem todas as menções à COVID-19 nas certidões de óbito, incluindo suspeitas de COVID-19, bem como mortes na comunidade”, vincou Nick Stripe, chefe de análises sobre Saúde e Factos da Vida.
O prolongamento do regime de confinamento no Reino Unido devido à pandemia da COVID-19 durante três meses pode provocar uma queda de 13% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, sugere um estudo oficial publicado hoje.
O Gabinete de Responsabilidade Orçamental (OBR, na sigla em inglês), responsável por fiscalizar as contas públicas, assume um período de três meses de confinamento e três meses de levantamento gradual das restrições para calcular os potenciais efeitos na economia britânica.
O estudo sugere que uma queda de 35% do PIB no segundo trimestre relativamente ao anterior poderá ser compensada por crescimento económico de 25% e 20% nos trimestres seguintes, mas será mesmo assim insuficiente para evitar uma crise financeira. "A redução resultante de 13% do PIB anual em 2020 excederia confortavelmente qualquer redução anual no final de qualquer das guerras mundiais ou da crise financeira", vinca.
Segundo o mesmo estudo, a taxa de desemprego pode subir aos 7,3% no final de 2020, acentuada para 10%, equivalente a mais dois milhões de desempregados, no segundo trimestre.
O impacto de uma crise desta dimensão nas finanças públicas resultaria num défice orçamental de 14% relativamente ao PIB, provocado por uma queda nas receitas fiscais e devido ao custo das medidas de apoio à economia e trabalhadores.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%). Dos infetados, 1.227 estão internados, 218 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 347 doentes que já recuperaram.
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