Portugal regista esta terça-feira mais 57.657 casos de COVID-19 e 48 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.661 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.312.240 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 54.666 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.780.008 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 44,2% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.291 (+17), seguida do Norte com 5.973 óbitos (+19), Centro (3.456, +7) e Alentejo (1.111, +1). Pelo menos 620 (+4) mortos foram registados no Algarve. Há 154 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 56 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.320 doentes internados, menos 28 face ao valor de ontem, e 158 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos 14 em relação ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 512.571 casos ativos da infeção em Portugal — mais 2.943 do que ontem — e 520.014 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 18.895 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 876.871 (+25.504), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (873.524 +16.740), da região Centro (314.021 +9.543), do Algarve (87.814 +1.501) e do Alentejo (76.211 +2.044).

Nos Açores existem 25.276 casos contabilizados (+917) e na Madeira 58.523 (+1.408).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 5.322,6 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,15. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,15. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.722 registadas (+34) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.268, +9), entre 60 e 69 anos (1.808, +3) entre 50 e 59 anos (586, +2), 40 e 49 anos (201, =) e entre 30 e 39 anos (52, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.337 são do sexo masculino e 9.324 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 398.049 infeções (+10.757), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 372.512 (+6.603), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 361.406 (+9.402). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 301.483 reportadas (+5.245). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 277.980 (+9.583), entre os 0-9 anos soma 210.025 (+10.508) e a dos 60 e os 69 anos tem 183.545 infeções reportadas (+2.890) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 106.380 (+1.676) e dos 80 ou mais anos, com 100.860 casos (+993).

Desde o início da pandemia, houve 1.084.394 homens infetados e 1.225.565 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.281 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Pfizer-BioNTech já iniciaram recrutamento para testar vacina contra Ómicron

A Pfizer e BioNTech iniciaram o recrutamento para os testes clínicos sobre a segurança e a resposta imune da sua vacina anticovid específica para a variante ómicron em adultos até aos 55 anos, informa um comunicado divulgado esta terça-feira. A aliança Pfizer-BioNTech iniciou o recrutamento para testes clínicos em adultos sobre a segurança e a resposta imunitária da vacina contra a covid-19 direcionada especificamente para a variante Ómicron, anunciaram hoje as duas empresas.

O líder do laboratório americano Pfizer, Albert Bourla, havia declarado no início de janeiro que o gigante farmacêutico poderia estar prestes a pedir autorização para uma nova vacina, que visa esta variante da COVID-19. Se os dados atuais indicam que as doses de reforço da vacina original protegem contra as formas graves de Ómicron, a empresa prefere agir por execesso de zelo, defendeu a responsável pelas vacinas na Pfizer, Kathrin Jansen, em comunicado.

"Reconhecemos a importância de estarmos preparados no caso de esta proteção diminuir com o tempo e de ajudar a enfrentar a Ómicron e outras variantes no futuro", declarou.

Para o responsável pela empresa alemã BioNTech, Ugur Sahin, a proteção da vacina inicial contra as formas leves ou moderadas da covid-19 parece desaparecer mais rapidamente contra a Ómicron.

"Este estudo realiza-se no âmbito da nossa abordagem científica, que visa conceber vacinas direcionadas para as variantes, que consigam desenvolver níveis semelhantes de proteção face à Ómicron, como para as variantes que surgiram antes, mas com uma duração de proteção mais longa", precisou.

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