Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.925 mortes associadas à COVID-19 e 69.663 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, contabilizaram-se mais cinco óbitos, 463 infetados e 238 recuperados. Ao todo há já 45.974 casos de recuperação em Portugal. 

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 877 óbitos (+2), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (734 +3), Centro (257 =) e Alentejo (23 =) Pelo menos 19 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Mais doentes internados e nos cuidados intensivos

Em todo o território nacional, há 546 doentes internados, mais 28 que ontem, e 70 em unidades de cuidados intensivos, mais nove do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 21.764 casos ativos da infeção em Portugal - mais 220 que ontem - e 40.418 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 47 indivíduos.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 35.641 (+198), seguida da região Norte (25.099 +191), da região Centro (5.687 +36), do Algarve (1.422 +21) e do Alentejo (1.352 +12). Nos Açores, existem 254 casos confirmados (+2) e na Madeira 208 (+3).

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Faixas etárias mais atingidas

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.283 (+4) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (385 +1), entre 60 e 69 anos (168 =), entre 50 e 59 anos (59 =) e 40 e 49 anos (23 =).

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Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 972 são do sexo masculino e 953 do feminino.

Idades com mais casos

Em termos de incidência de casos, a faixa etária entre os 30 e 39 anos é a mais atingida, contabilizando-se um total de 11.468 (+70), seguida da faixa etária entre 40 e os 49 anos, com 11.395 (+85), e da faixa etária entre os 20 e os 29, com 11.167 (+61) casos.

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 31.511 homens infetados e 38.152 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 151 casos.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Resumo dos dados epidemiológicos desta terça-feira créditos: SAPO

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço de AFP

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a mais de 965 mil pessoas e infetou mais de 31,3 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com o balanço da agência francesa de notícias, hoje às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa), já morreram pelo menos 965.760 pessoas e de 31.374.240 foram infetadas em 196 países e territórios desde o início da epidemia de covid-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 21.338.900 pessoas já foram consideradas curadas pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Na segunda-feira foram registadas 4.188 novas mortes e 265.437 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são a Índia (1.053), Argentina (429) e Brasil (377).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 199.890 mortes para 6.858.130 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.615.949 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 137.272 mortes e 4.558.068 casos, Índia com 88.935 mortes (5.562.663 casos), México com 73.697 mortes (700.580 casos) e Reino Unido com 41.788 mortes (398.625 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 95 óbitos por 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (86), Espanha (66), Bolívia (66) e Brasil (65).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.297 casos (seis novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 80.497 recuperações.

A América Latina e as Caraíbas totalizaram 325.373 mortes e 8.801.752 casos, a Europa 226.237 mortes (4.934.210 casos), Estados Unidos e Canadá 209.148 mortes (7.002.792 casos), Ásia 127.220 mortes (7.366.056 casos), Médio Oriente 42.781 mortes (1.822.812 casos), África 34.076 mortes (1.415.448 casos) e Oceânia 925 mortes (31.179 casos).

O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades ou publicação tardia dos dados, os números do aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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