O CDC dos Estados Unidos da América voltou atrás e removeu a orientação publicada na sexta-feira, que foi divulgada "por engano". "Uma versão de rascunho com propostas de alteração às recomendações [do CDC sobre o novo coronavírus] foi publicada por engano no website oficial da agência", esclareceu o vice-diretor daquela instituição, Jay Butler, acrescentando que essa versão não tinha sido alvo de revisão técnica.

O documento recomendava a população em geral a utilizar purificadores de ar para reduzir a circulação de germes e evitar, assim, que a COVID-19 se espalhasse em espaços fechados. 

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Segundo o CDC, a instituição está a atualizar as suas recomendações relativamente à transmissão aérea do vírus SARS-CoV-2.

A página da CDC indica agora que a principal causa de transmissão da COVID-19 é de pessoa para pessoa, quando estejam próximas e "através de gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infetada tosse, espirra, ou fala".

A anterior orientação explicava que a inalação de gotículas respiratórias ou pequenas partículas, como aerossóis, seriam a forma mais habitual de contágio.

Em julho, centenas de cientistas pediram à Organização Mundial de Saúde (OMS) para rever as recomendações face à transmissão da COVID-19.

Os especialistas defenderam a existência de evidência científica acerca da transmissão do vírus através de pequenas partículas do presentes no ar, especialmente em espaços mal ventilados ou cheios. A carta aberta foi assinada por 239 médicos de 32 países.

Na altura, a OMS também admitiu haver novas provas de que o novo coronavírus se transmite pelo ar e recomendou medidas como evitar espaços fechados e uso de máscara.

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A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 961.531 mortos e mais de 31,1 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.920 pessoas dos 69.200 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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