A autarquia irá transferir "de imediato", embora o habitual seja no mês de maio, "as primeiras tranches das verbas contratuais - cerca de 600 mil euros - relativas a múltiplos projetos de associações e organismos que trabalham em Lisboa nas áreas dos sem-abrigo, deficiência, envelhecimento, apoio às famílias e à infância e saúde", lê-se num comunicado enviado às redações.
"Com esta transferência, é assegurada também a manutenção e reforço dos apoios destinados aos equipamentos e equipas de proteção à população sem abrigo", acrescenta a mesma nota.
A Câmara de Lisboa, liderada por Fernando Medina (PS), deu também indicação, no âmbito dos apoios municipais e dos contratos-programa que tem com várias Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), para que estas entidades faturem "todos os bens necessários para o combate à epidemia do Covid-19".
"Todas estas medidas têm em conta a emergência de saúde pública de âmbito internacional relativa à doença Covid-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde, no dia 11 de março de 2020, como uma pandemia, porque importa garantir que as entidades que trabalham na cidade ao nível do apoio aos cidadãos mais vulneráveis mantenham a sua capacidade de atuação", refere ainda a autarquia.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 231 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.350 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três, segundo a DGS.
Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 6.061 casos suspeitos até hoje, dos quais 488 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril, segundo o decreto publicado quarta-feira em Diário da República, que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que tenham justificação.
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