“Enquanto houver atividade assistencial normal e programada, não se devem mexer nas férias dos profissionais, mas se em alguma altura tivermos de alterar a assistência programada teremos de ponderar essa possibilidade”, afirmou António Lacerda Sales aos jornalistas em Quarteira (Loulé).

À margem da inauguração rede concelhia de desfibrilhadores automáticos, o governante destacou a “consciência assertiva” destes profissionais que ajustam a sua presença nos serviços consoante as necessidades, em decisões tomadas em articulação com os conselhos de administração.

Em relação ao Algarve, adiantou que a administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve “já conversou” com os profissionais de saúde que “continuarão com as suas férias”, mas se os números subirem de covid-19 muito “pode ter que se tomar uma decisão diferente, mas para já não é essa a questão que está em cima da mesa”, notou.

No combate à pandemia o secretário de Estado defendeu que na estratégia de combate é preciso olhar para a “consciência individual e coletiva”, mas destacou que a “grande prioridade é vacinar” e aproveitou a ocasião para sensibilizar os jovens a vacinarem-se agora que o plano se prepara para inocular as camadas mais jovens.

Em relação às diferentes vacinas, revelou estar “ainda a ser avaliada” uma segunda dose da vacina da Johnson depois da farmacêutica ter indicado que apenas a primeira dose não garante proteção contra a variante delta. Destacou, por outro lado, a “boa noticia” de que a vacina da Janssen “é eficaz” contra a nova variante".

Questionado sobre as denúncias de centros de saúde relativamente à falta de recurso humanos para consultas de doentes crónicos ou rastreios de oncologias, preferiu sublinhar o papel de contratação do Governo, nomeadamente os cerca de “13 mil profissionais” no último ano, e que o executivo continuará a contratar “em função do que são as necessidades”.

Como exemplo destacou um dos últimos concursos abertos recentemente para “459 profissionais em medicina geral e familiar, 1041 para os cuidados hospitalares e 32 para a saúde pública”.

António Lacerda Sales considerou ser cedo para se fazer um balanço do combate à pandemia, mas numa análise até ao dia de hoje, declarou que o Governo planeou e concretizou “medidas e procedimentos que foram ao encontro das necessidades dos portugueses e da evolução da pandemia”.