No ‘briefing’ do Conselho de Ministros de hoje, a ministra de Estado e da Presidência foi questionada pelos jornalistas sobre a polémica em torno de uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, reproduzida hoje nos jornais, segundo a qual os mais idosos não são prioritários na vacinação contra a COVID-19, ideia essa que já foi rejeitada pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“O Ministério da Saúde já comunicou que as notícias que hoje vieram a público são notícias baseadas em dimensões parcelares de um documento meramente técnico que está, aliás, já desatualizado porque todos os dias têm chegado novas informações sobre as vacinas”, começou por referir.
De acordo com a ministra de Estado e da Presidência, “o processo de decisão do plano de vacinação é um processo que ainda continuará nos próximos dias, com reuniões técnicas, do lado dos critérios de vacinação, com reuniões do lado da organização da logística da distribuição”.
“E depois, finalmente, com uma decisão política sobre todo o processo que o Governo português comunicará”, referiu.
Em reação às notícias hoje veiculadas, o coordenador da ‘task force’ criada pelo Governo para definir todo o plano de vacinação contra a COVID-19, Francisco Ramos, explicou hoje à Lusa que a proposta apresentada pela DGS “não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares”.
O primeiro-ministro já tinha rejeitado hoje a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem doenças graves não terem acesso prioritário às vacinas contra a COVID-19, alegando que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".
"Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade", declarou António Costa à agência Lusa, depois de questionado sobre a possibilidade, noticiada hoje por alguns órgãos de comunicação social, de todos os maiores de 75 anos sem comorbilidades ficarem de fora do acesso prioritário à vacina contra o novo coronavírus.
António Costa acrescentou que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".
Entretanto, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou "uma ideia tonta" a proposta para que os mais idosos não sejam prioritários na vacinação contra a COVID-19, sublinhando que ainda "não há plano nenhum aprovado".
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