"Vão levar momentos difíceis, aqueles momentos em que tiveram de nos ajudar e em que salvaram vidas portuguesas, e, por isso, muito obrigado", disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, na cerimónia de despedida que decorreu hoje no Aeródromo Militar (AT1) de Figo Maduro, em Lisboa. O grupo chegou a Portugal em 23 de fevereiro e regressou hoje a casa.
"Esta é uma prova fiel da colaboração possível e desejável entre países europeus. Esta é uma Europa mais unida e mais solidária. É assim que se constrói uma Europa com mais coletivismo", disse ainda Lacerda Sales.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde acrescentou que no mundo global todos precisam de todos.
"Obviamente, se algum dia precisarem de nós, cá estaremos para dizermos 'presente' também", afirmou, dirigindo-se à equipa de saúde que prestou apoio a doentes infetados com covid-19.
Esta equipa alemã, a segunda a operar em Portugal, em substituição da que chegou no dia 03 de fevereiro, foi constituída por 26 profissionais de saúde, entre os quais oito médicos.
O primeiro grupo trouxe 40 ventiladores móveis e 10 estacionários, 150 bombas de infusão e outras tantas camas hospitalares.
Presentes no momento da despedida estavam também o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e o embaixador da Alemanha em Portugal, Martin Ney.
O primeiro-ministro, António Costa, deixou hoje o seu agradecimento através de uma mensagem na rede social Twitter: “Agradeço à equipa médica militar alemã que ao longo de seis semanas trabalhou lado a lado com os nossos profissionais de saúde no combate à #COVID19. Foi um magnífico gesto de solidariedade europeia. Vielen Dank [Muito obrigado]”.
Na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, o porta-voz da equipa, Andreas Vossen, fez um “balanço muito positivo” da sua missão, com um total de 16 doentes tratados.
Em Portugal, morreram 16.814 pessoas dos 819.210 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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