Portugal regista esta terça-feira mais 50.888 casos de COVID-19 e 63 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje. Desde fevereiro de 2021 que não tínhamos tantos óbitos, quando se registou um pico de infeções e mortes associado à variante Alfa descoberta no Reino Unido.

Desde março de 2020, morreram 19.968 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.690.690 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 44.610 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.078.357 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 39,1% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.398 (+19), seguida do Norte com 6.075 óbitos (+17), Centro (3.511, +16) e Alentejo (1.127, =). Pelo menos 637 (+4) mortos foram registados no Algarve. Há 160 mortes (+4) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 60 (+3) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.437 doentes internados, menos 32 face ao valor de ontem, e 155 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos cinco face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 592.365 casos ativos da infeção em Portugal — mais 6.215 do que ontem — e 639.307 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 6.130 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.038.808 (+19.872), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (980.939 +14.243), da região Centro (378.977 +10.625), do Algarve (103.143 +1.738) e do Alentejo (89.232 +1.887).

Nos Açores existem 34.625 casos contabilizados (+1.542) e na Madeira 64.966 (+981).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 6.836,6 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,13. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,14. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.929 (+44) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.331, +14), entre 60 e 69 anos (1.834, +4) entre 50 e 59 anos (594, +1), 40 e 49 anos (202) e entre 30 e 39 anos (54). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.505 são do sexo masculino e 9.463 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 470.102 infeções (+9.319), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 426.411 (+8.618), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos 420.744 (+6 .275), com. Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 341.563 reportadas (+8.653). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 334.466 (+4.633), entre os 0-9 anos soma 269.059 (+7.409) e a dos 60 e os 69 anos tem 202.352 (+2.881) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 117.561 (+1.833) e dos 80 ou mais anos, com 108.432 casos (+1.267).

Desde o início da pandemia, houve 1.259.811 homens infetados e 1.428.397 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.482 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Resposta imune é mais forte em recuperados após uma dose de vacina

Um estudo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) confirmou que a resposta imune é mais forte em pessoas que recuperaram de COVID-19, após uma dose de vacina, do que após toma de duas doses por quem nunca foi infetado. Este é um dos resultados de um estudo que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem vindo a conduzir sobre a resposta imune celular (mediada por linfócitos T) e mediada por anticorpos à vacina contra a covid-19, ao longo do tempo.

Em análise estiveram 100 dos seus funcionários, sendo que 50 nunca foram infetados por SARS-CoV-2 e os restantes 50 são pessoas que recuperaram da doença.

De acordo com Artur Paiva, investigador do Serviço de Patologia Clínica do CHUC, “confirmou-se que a resposta imune é muito mais forte em indivíduos recuperados da infeção após uma dose de vacina, do que em indivíduos naive (que nunca foram infetados por SARS-CoV-2) após a toma de duas doses”.

“Os resultados obtidos neste estudo, que foi aceite para publicação na revista científica internacional Clinical and Experimental Medicine, revelaram que, seis meses após a infeção por SARS-CoV-2, 48 dos 50 participantes recuperados da infeção mantinham proteção contra o vírus, ou pela presença de anticorpos IgG, ou por linfócitos T específicos”, revelou.

No entanto, “oito dos 50 participantes não apresentavam linfócitos T específicos para SARS-CoV-2”. “Este dado é relevante, porque está demonstrado que, em outros coronavírus, são os linfócitos T que asseguram a imunidade a longo prazo, desconhecendo-se, ainda, se esta circunstância também é válida para o SARS-CoV-2”, acrescentou.

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