Portugal regista esta terça-feira mais 30.757 casos de COVID-19 e 44 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 20.302 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.963.747 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 38.863 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.343.448 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 34,9% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.510 (+12), seguida do Norte com 6.175 óbitos (+14), Centro (3.579, +9) e Alentejo (1.140, +1). Pelo menos 656 (+6) mortos foram registados no Algarve. Há 172 mortes (+2) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 70 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.419 doentes internados, menos 141 face ao valor de ontem, e 171 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos sete face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 599.997 casos ativos da infeção em Portugal — menos 8.150 do que ontem — e 655.520 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 10.014 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.144.795 (+10.725), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.059.782 +8.935), da região Centro (431.483 +6.710), do Algarve (115.460 +1.176) e do Alentejo (100.469 +1.547).

Nos Açores existem 43.195 casos contabilizados (+1.152) e na Madeira 68.563 (+512).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 6.901,0 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,97. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,97. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.145 (+29) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.402, +9), entre 60 e 69 anos (1.865, +6) entre 50 e 59 anos (601, =), 40 e 49 anos (211, =) e entre 30 e 39 anos (54, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.680 são do sexo masculino e 9.622 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 518.855 infeções (+5.251), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 471.971 (+4.715), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 458.325 (+3.970). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 388.517 reportadas (+5.225). A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 359.024 (+3.027), entre os 0-9 anos soma 305.411 (+3.848) e a dos 60 e os 69 anos tem 217.904 (+2.172) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 127.667 (+1.471) e dos 80 ou mais anos, com 116.073 casos (+1.078).

Desde o início da pandemia, houve 1.384.890 homens infetados e 1.576.180 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.677 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Há agora mais três vacinas aceites pelas autoridades portuguesas

As autoridades portuguesas passaram a aceitar, para feitos de emissão de certificado COVID-19, as vacinas chinesas da Sinopharm (Vero Cell) e Sinovac (Coronavac), assim como a da multinacional indiana Bharat Biotech International (Covaxin).

Segundo uma circular conjunta do Infarmed e da Direção-Geral da Saúde (DGS), passam igualmente a ser aceites para emissão de certificado covid-19 autorizadas em países terceiros, sublicenciadas pelo mesmo titular da Autorização de Introdução no Mercado, incluindo neste grupo as vacinas dos produtores Verity Pharmaceuticals (Canadá), Fiocruz (Brasil) e R-Pharm (Rússia).

Até agora, o Infarmed apenas validava para a utilização do certificado digital as vacinas aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês): a da Moderna, a da Pfizer, a da Janssen, a da AstraZeneca (Vaxzevria - com a designação AZD1222) e da indiana Covovax.

“A completude de esquemas vacinais primários iniciados noutros países e/ou a administração de doses de reforço após conclusão de esquemas vacinais primários realizados noutros países, bem como a transcrição dos atos vacinais correspondentes deverão seguir as recomendações da DGS”, lê-se ainda na nota.

A circular lembra ainda que, atualmente, são utilizadas várias vacinas contra a covid-19 com enquadramentos regulamentares distintos, "o que significa que podem chegar ao território nacional cidadãos vacinados com vacinas e esquemas vacinais diferentes dos recomendados em Portugal".

Desde segunda-feira, já não é preciso teste negativo para entrar em Portugal, bastando apresentar o certificado digital covid-19 da União Europeia ou outro comprovativo de vacinação reconhecido.

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