Portugal regista esta sexta-feira mais 4.644 casos de COVID-19 e 24 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Desde o início da pandemia, morreram 18.741 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.215.774 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 3.886 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.126.627 doentes recuperados da doença em Portugal.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 35,5% dos diagnósticos.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.906 (+5), seguida do Norte com 5.725 óbitos (+8), Centro (3.315, +8) e Alentejo (1.077, +2). Pelo menos 554 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 115 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 49 (=) óbitos associados à doença.
Internamentos descem
Em todo o território nacional, há 943 doentes internados, menos nove do que ontem, e 147 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos 11 do que no dia anterior.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 70.406 casos ativos da infeção em Portugal — mais 734 do que ontem — e 97.573 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 2.143 do que no dia anterior.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 462.828 (+1.648), seguida da região Norte (452.769 +1.477), da região Centro (174.903, +770), do Algarve (53.704, +314) e do Alentejo (44.253 +147). Nos Açores existem 10.581 casos contabilizados (+47) e na Madeira 16.736 (+241).
Vila Nova de Paiva, Condeixa-a-Nova, Guardam Gouveia e Sousel são os cinco concelhos com maior incidência de casos nos últimos 14 dias em território nacional.
O que nos diz a matriz de risco?
Portugal apresenta uma incidência de 525,5 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - superior aos 508,8 de há dois dias - e mantém um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,07, inferior aos 1,08 de quarta-feira. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.
No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,07. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.
Faixas etárias mais afetadas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.182 registadas (+12) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.046, +6), entre 60 e 69 anos (1.714, +3) entre 50 e 59 anos (543, +3), 40 e 49 anos (189, =) e entre 30 e 39 anos (48, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.
Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.832 são do sexo masculino e 8.909 do feminino.
A faixa etária dos 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 195.639 infeções (+847), seguida da faixa etária dos 40 aos 49 anos com 195.606 (+803) e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 178.805 (+739). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 164.672 reportadas (+584). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 129.976 (+469), entre os 60 e os 69 anos soma 113.629 (+436) e a dos 0-9 anos com totaliza 84.228 (+537). Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos com 80.802 (+73) infeções reportadas desde o início da pandemia.
Desde o início da pandemia, houve 567.421 homens infetados e 647.510 mulheres, sendo que se desconhece o género de 843 pessoas.
Vídeo - Como fazer uma máscara em casa?
A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
Internamentos em cuidados intensivos quase duplicaram em um mês
Os internamentos por COVID-19 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) quase duplicaram no último mês e vão a meio do limite definido para a linha vermelha, que se situa nos 287 doentes, segundo dados hoje divulgados pelo Governo.
De acordo com os números divulgados pela ministra da Saúde na conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica da COVID-19 em Portugal, estavam internados 76 doentes em UCI na semana de 08 a 14 de novembro, um valor que subiu para 144 doentes na semana de 06 a 12 de dezembro.
No documento que serviu de suporte às declarações da ministra Marta Temido mostra ainda que a linha vermelha para UCI é atingida com o internamento de 287 doentes ou mais. Questionada sobre o peso da nova variante Ómicron nas hospitalizações e nos internamentos em cuidados intensivos, a ministra Marta Temido remeteu mais informação para as unidades hospitalares.
Na conferência de imprensa, o investigador Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), reconheceu que “a expressão em aumento de hospitalizações [da nova variante] ainda é uma grande incógnita” e que vai depender essencialmente de dois fatores: da maior ou menor gravidade da infeção e da efetividade das vacinas contra doença grave.
Segundo disse, "ao que tudo indica", a gravidade da infeção pela variante Ómicron “será igual ou menor em relação à Delta”. É sobre esta efetividade, aliás, que os investigadores têm mais dúvidas, desde logo porque “os estudos são muito recentes e com grande incerteza”.
Nesse sentido, sublinhou, “um indicador que vai ser muito importante” é o das pessoas com mais de 70 anos, que já têm a dose de reforço da vacina. “Se a incidência aumentar neste grupo, há pouco reforçado, será sinal de que a vacina não está a ter o impacto desejado”, assinala o investigador.
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