Portugal regista esta segunda-feira mais 6.334 casos de COVID-19 e 16 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.890 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.286.119 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 2.423 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.161.615 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 50,4% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.951 (+5), seguida do Norte com 5.760 óbitos (+3), Centro (3.347, +6) e Alentejo (1.086, =). Pelo menos 575 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 120 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 51 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 914 doentes internados, mais 36 do que ontem, e 150 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos um do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 105.614 casos ativos da infeção em Portugal — mais 3.895 do que ontem — e 127.669 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 3.492 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 496.150 (+3.193), seguida da região Norte (473.136 +2.043), da região Centro (184.045 +491), do Algarve (56.407, +198) e do Alentejo (45.950 +124). Nos Açores existem 11.267 casos contabilizados (+55) e na Madeira 19.164 (+230).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 804,3 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 630,8 casos de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,23 - superior aos 1,11 de há três dias. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,23. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.265 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.085), entre 60 e 69 anos (1.734) entre 50 e 59 anos (548), 40 e 49 anos (191) e entre 30 e 39 anos (48). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.920 são do sexo masculino e 8.970 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 210.774 infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 207.986, e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 190.956. Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 173.246 reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 138.708, entre os 60 e os 69 anos soma 118.314 e a dos 0-9 anos tem 90.132 infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 81.785 infeções e dos 70 aos 79 anos, com 74.218 casos.

Desde o início da pandemia, houve 601.817 homens infetados e 683.322 mulheres, sendo que se desconhece o género de 980 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Omicron detetada em 110 países

A variante Omicron do coronavírus já foi detetada em 110 países e continua a propagar-se de forma exponencial, duplicando os seus casos nas comunidades em dois a três dias, afirmou hoje a Organização Mundial de Saúde. Numa atualização do resumo técnico sobre a Omicron, a OMS refere que, até quarta-feira, 22 de dezembro, esta variante tinha sido detetada em 110 países localizados nas seis regiões da OMS.

A OMS realça ainda que a doença continua a propagar-se de forma exponencial, duplicando os casos nas comunidades atingidas em dois a três dias.

No entanto, sublinha que as taxas de contágio desta nova variante estão a baixar na África do Sul, o país onde foi inicialmente detetada, muito devido ao declínio das taxas de contágio na província de Gauteng, onde se localizam as cidades de Pretória e de Joanesburgo.

Dados procedentes de focos de contágio na África do Sul, Reino Unido e Dinamarca parecem sugerir um menor risco de hospitalização em pacientes que contraíram a variante Omicron em comparação com os que foram infetados com a variante Delta, realça a OMS.

No entanto, a organização sublinha que a compreensão desta variante está a evoluir à medidas que mais evidências ficam disponíveis, pelo que analisa estes dados com prudência.

Outros estudos preliminares em vários países indicam uma redução da proteção das vacinas como a AstraZeneca ou a da Pfizer-BioNtech perante a variante Omicron, embora no caso desta última uma dose de reforço parece aumentar a sua eficácia, indica ainda a OMS.

A COVID-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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