Portugal regista esta segunda-feira mais 10.554 casos de COVID-19 e 10 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Desde março de 2020, morreram 19.000 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.434.570 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 6.007 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.207.711 doentes recuperados da doença em Portugal.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 41% dos diagnósticos.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.987 (+3), seguida do Norte com 5.785 óbitos (+3), Centro (3.369, +2) e Alentejo (1.090, =). Pelo menos 588 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 128 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 53 (+1) óbitos associados à doença.
Internamentos sobem
Em todo o território nacional, há 1.167 doentes internados, mais 86 do que ontem, e 147 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos um do que no dia anterior.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 207.859 casos ativos da infeção em Portugal — mais 4.537 do que ontem — e 181.237 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 5.357 do que no dia anterior.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 565.330 (+4.328), seguida da região Norte (521.705 +4.025), da região Centro (200.360 +925), do Algarve (60.301, +273) e do Alentejo (50.032 +216). Nos Açores existem 12.895 casos contabilizados (+151) e na Madeira 23.947 (+636).
O que nos diz a matriz de risco?
Portugal apresenta uma incidência de 1.805,2 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 1.182,7 casos de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,43 - superior aos 1,35 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.
No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,43. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.
Faixas etárias mais afetadas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.316 (+6) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.119, +3), entre 60 e 69 anos (1.749, +1) entre 50 e 59 anos (553, =), 40 e 49 anos (192, =) e entre 30 e 39 anos (49, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.
Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.983 são do sexo masculino e 9.017 do feminino.
A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 239.944 (+1.963) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 235.705 (+2.016), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 216.304 (+1.816). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 194.879 (+1.619) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 155.745 (+1.077), entre os 60 e os 69 anos soma 129.581 (+795) e a dos 0-9 anos tem 98.782 (+674) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 84 496 (+209) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 79.134 (+315) casos.
Desde o início da pandemia, houve 671.684 homens infetados e 761.607 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.279 pessoas.
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A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Países seguem exemplo de Portugal e aliviam isolamento
Perante a escalada da variante ómicron do coronavírus na Europa, que acelerou os contágios, cada vez mais governos em todo o mundo estão a flexibilizar as regras de isolamento para pacientes e os seus contactos para evitar a paralisia económica. Portugal foi dos primeiros a fazê-lo.
O alto grau de contágio da ómicron e as consequentes suspensões e quarentenas pesam sobre as sociedades, ainda que a aceleração das infeções não seja acompanhada, por enquanto, pelo aumento da mortalidade.
A Europa, atual epicentro da pandemia, enfrenta níveis sem precedentes de infeções: mais de 4,9 milhões de casos registados nos últimos sete dias, 59% a mais que na semana anterior, de acordo com uma contagem da AFP no sábado.
No total, mais de 100 milhões de casos ocorreram na Europa desde que o vírus foi descoberto em dezembro de 2019.
Na América Latina, o Equador anunciou no sábado que encerrou o último mês de 2021 com 24.287 infeções, mais que o dobro das registadas em novembro (9.513) e o triplo das registadas em outubro (7.556).
Enquanto isso, França, com mais de um milhão de casos detetados nos últimos sete dias, anunciou neste domingo um relaxamento das regras de isolamento para pessoas infetadas e contactos, como forma de preservar a vida socioeconómica do país.
Pelas regras que entram em vigor na segunda-feira, as pessoas positivas com vacinação completa terão que se isolar por sete dias em vez de dez, e podem reduzir a cinco se apresentarem resultado negativo em um teste subsequente. Portugal anunciou o mesmo na quinta-feira.
Aqueles que estiveram em contacto com essas pessoas não vão precisar entrar em quarentena se tiverem o esquema de vacinação completo.
A mudança da regra deve garantir "o controlo das infeções enquanto preserva a vida socioeconómica", explicou o ministério da Saúde francês em comunicado.
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