“Estamos a compilar informação com a maior qualidade possível através do sistema que temos com os serviços partilhados do Ministério da Saúde para conseguir apurar dados por concelho o mais certo e o mais próximo da realidade possível”, disse Graça Freitas, na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à covid-19.

A diretora-geral da Saúde avançou que “esta semana” serão atualizados os dados por concelho e frisou que “é uma metodologia que merece muita atenção e será publicada na altura certa”.

Segundo Graça Freitas, a informação que está a ser usada tem por base a taxa de incidência de novos casos registados nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes.

Este “parâmetro internacional”, que tem como “linha de corte” os 240 casos por 100 mil habitantes, foi o utilizado pelo Governo para aplicação de medidas do novo estado de emergência em 121 concelhos.

“Neste momento há 121 concelhos que estão nessa situação. É uma situação dinâmica, o que quer dizer que alguns destes concelhos vão continuar a permanecer neste patamar, outros vão sair da lista e outros vão entrar de novo”, sustentou.

Na parte inicial da conferência de imprensa, Graça Freitas recordou novamente quais os sintomas de covid-19 e o que deve fazer um caso suspeito.

“Os sintomas são tosse, uma tosse que surge de novo ou que agrava ou que foge ao padrão habitual, febre, uma temperatura igual ou superior a 38 graus sem outra causa atribuída, falta de ar ou dificuldade respiratória, e alterações do olfato e do paladar”, precisou.

A diretora-geral da Saúde referiu também que estas pessoas reforçam a sua suspeição clínica caso tenham estado em contacto direto e próximo, nos últimos 14 dias, com alguém doente ou inseridas num surto, nomeadamente num lar, escola ou em contexto familiar.

“Nestas situações as pessoas devem estar particularmente atentas, auto motorizarem-se e auto isolarem-se e ligar para a saúde 24 onde são rastreadas, triadas e encaminhadas, de acordo com a sua situação clínica, para um local mais acertada”, disse.

Graça Freitas realçou ainda que a maior parte das pessoas com covid-19 fica no seu domicílio.

Portugal contabiliza hoje mais 63 mortos relacionados com a covid-19, o maior número de casos num só dia desde o início da pandemia, e 4.096 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia que morreram 2.959 pessoas e registaram-se 183.420 casos de infeção em Portugal.

Portugal entrou hoje em estado de emergência, que se prolonga até 23 de novembro por causa da pandemia de covid-19 e impõe entre outras medidas o recolher obrigatório noturno em 121 concelhos com mais casos de infeção.