Em nota, a comissão informou hoje o gabinete local encarregado do controlo e prevenção de doenças, após analisar as embalagens. As três amostras de carne bovina entraram no país através da alfândega de Qingdao, no nordeste da China.
A cidade “adotou rapidamente medidas de emergência”, refere a mesma nota, incluindo o armazenamento da carga e a testagem e isolamento de pessoal que teve contacto com as embalagens.
As amostras faziam parte de um total de 27 toneladas de carne importada do Brasil. A carne saiu do porto de Santos e chegou a Wuhan no dia 17 de agosto, mas não tinha ainda sido comercializada.
“Todos os produtos congelados envolvidos foram lacrados e o ambiente foi completamente esterilizado”, disse a Comissão de Saúde local.
O organismo instou os cidadãos a não comprarem alimentos congelados importados fora das redes de retalho e a verificarem ativamente o relatório de teste do produto antes do consumo.
Não é a primeira vez que a China diz ter detetado vestígios do novo coronavírus em embalagens de alimentos congelados oriundos do Brasil.
Em novembro, as autoridades disseram ter detetado o novo coronavírus na embalagem de um lote de carne de porco congelada, na cidade de Yantai, província de Shandong.
No dia 13 de agosto, traços do novo coronavírus também foram encontrados na superfície de embalagens contendo asas de frango congeladas oriundas do país sul americano, na cidade de Shenzhen, junto a Hong Kong.
A China respondeu por 40% das exportações agrícolas brasileiras no primeiro semestre deste ano, um valor recorde de 20,5 mil milhões de dólares (17,3 mil milhões de euros), segundo dados do Ministério da Agricultura do Brasil.
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