“São sete toneladas de equipamento que se juntam às outras 20 toneladas que já recebemos e faz parte do total da encomenda na ordem dos três milhões de euros que nós, Cascais, fizemos e tem acima de tudo material de equipamento de proteção individual”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.
Carlos Carreiras salientou ainda que um conjunto de cidadãos chineses residentes em Cascais e outro grupo de empresários chineses fizeram chegar à embaixada portuguesa em Pequim duas doações que esperam ainda transporte para Portugal.
“Essas encomendas também trazem ventiladores, que é um bem absolutamente necessário e fundamental para salvar vidas. Por isso aqui também queria deixar um apelo ao Governo, que é quem tem neste momento a possibilidade e a responsabilidade de trazer as encomendas que estão em Pequim, para que de facto o possa fazer no mais curto espaço de tempo, integrá-las em cargas de aviões que estão a trazer material para Portugal e, em especial, dar prioridade aos próprios ventiladores, porque, de tudo, é o bem que mais se precisa em Portugal”, disse.
De acordo com o autarca, a distribuição do material já começou “quando chegou a primeira entrega, dando prioridade a forças de proteção civil, forças de segurança e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)” e agora também vão entregar material nos centros de saúde de Cascais.
Carlos Carreiras salientou ainda que já foi entregue e vai continuar a ser entregue material a outros municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), “antecipando os pedidos que cada município considerou” numa encomenda global feita na AML.
“É uma encomenda já com um volume bastante elevado, de 6,5 milhões de euros, que está a caminho. Chegará entre o dia 05 e o dia 08 de abril” e que “depois será distribuída por cada um dos municípios da AML”, especificou o autarca.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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