
Em comunicado, a Câmara de Aveiro anuncia o reforço das medidas de contenção e de meios, para reduzir o risco de contágio, entre as quais o cancelamento da realização da Feira de Março 2020, “pelo seu elevado risco pela concentração de milhares de pessoas de muitas proveniências, devolvendo a todas as empresas os valores já pagos pela sua participação na Feira”.
“Estamos a acompanhar o evoluir dos acontecimentos, ponderando a possibilidade do adiamento da Maratona da Europa Aveiro de 26 de abril, fixando o dia 03 de abril de 2020 como a data de tomada de uma decisão definitiva com as entidades parceiras da sua organização”, refere também o comunicado.
Quanto a espaços municipais como o Teatro Aveirense, Centro de Congressos de Aveiro, Casa da Cidadania e Centro Municipal de Interpretação Ambiental, é anunciado o cancelamento ou ao adiamento da sua programação agendada até ao próximo dia 3 de abril, devolvendo às pessoas o valor integral dos bilhetes já pagos para os eventos cancelados.
De acordo com o pacote de medidas hoje divulgadas, serão cancelados todos os eventos noutros equipamentos municipais, que promovam a concentração de pessoas, promovidos pela autarquia ou por outras entidades, incluindo visitas de grupo aos museus municipais.
O encerramento ao público da Biblioteca Municipal, que estava previsto para finais de abril para mudança de instalações, é também antecipado, e são canceladas as sessões programadas de divulgação do Orçamento Participativo com Ação Direta.
As medidas agora adotadas procuram “dar contributo para suster a propagação do vírus e o consequente crescimento da doença, numa operação que complementa o Plano de Contingência da Câmara já ativado e que se integra no trabalho de articulação diária com a Autoridade de Saúde Local, no quadro das orientações da Direção Geral da Saúde (DGS) e das medidas concertadas entre os onze Municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA)”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados. Até ao momento, as escolas portuguesas mantêm-se abertas, exceto aquelas encerradas de forma casuística por ligação a casos confirmados ou casos suspeitos.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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