Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.163 mortes associadas à COVID-19 e 27.913 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Relativamente aos dados de segunda-feira, há um aumento de 19 mortes (crescimento de 1,8%) e de 234 infetados (taxa de crescimento de 0,8%). No total, os casos de recuperação em Portugal subiram para 3.013, mais 464 recuperados do que ontem.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 660 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (254), Centro (219) e Algarve (14). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 709 doentes internados, menos 96 do que na segunda-feira, e 113 em unidades de cuidados intensivos, mais um que ontem.

Pelo menos 2.719 pessoas aguardam resultado laboratorial e 27.054 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 279.933 casos suspeitos, sendo que 249.301 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no boletim de hoje, 780 tinham mais de 80 anos, 231 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 101 entre os 60 e 69 anos, 38 entre 50 e 59, 12 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.053 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (7.494), da região Centro (3.3553), do Algarve (350) e do Alentejo (238). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.791 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.458), Porto (1.304), Matosinhos (1.216), Braga (1.153), Gondomar (1.050), Maia (909), Sintra (790), Valongo (737), Ovar (635) e Coimbra (561).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.710), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.693), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.245 casos.

Há 4.027 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.372 entre os 20 e os 29 anos, 3.159 entre os 60 e 69 anos e 2.365 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 478 casos de crianças até aos nove anos e 864 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim divulgado esta terça-feira, 42% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
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Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já infetou mais de 4,1 milhões no mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 286.122 pessoas e infetou mais de 4,1 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11h00 hoje, baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, já morreram pelo menos 286.122 pessoas e há mais de 4.188.040 infetados em 195 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.432.700 foram considerados curados.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à COVID-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 80.684 óbitos em 1.347.936 casos.

Pelo menos 232.733 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades dos Estados Unidos.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 32.065 mortos para 223.060 casos, Itália com 30.739 mortos (219.814 casos), Espanha com 26.920 mortos (228.030 casos) e França com 26.643 mortos (177.423 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.919 casos (um novo entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.633 mortes e 78.171 recuperações.

A Europa totalizou 157.748 mortos para 1.770.167 casos, Estados Unidos e Canadá 85.740 mortos (1.417.841 casos), América Latina e Caraíbas 21.526 mortos (384.421 casos), Ásia 10.942 mortos (307.696 casos), Médio Oriente 7.711 mortos (233.522 casos), África 2.330 mortos (66.098 casos) e Oceânia 125 mortos (8.302 casos).

Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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