O esclarecimento foi prestado pelo presidente da ARS-Norte, Carlos Nunes, no final uma visita àquelas instalações.

O Centro de Vacinação em modelo ‘Drive Thru’ entrou hoje em funcionamento, tendo já inoculado esta manhã cerca de 20 utentes.

Nesta primeira fase, explicou Carlos Nunes, aquela estrutura funcionará em modo piloto, sendo espectável a vacinação de cerca de 100 pessoas nos próximos dias.

A partir do dia 14 de julho, data em que arranca a inoculação de utentes que recorreram ao autoagendamento, a capacidade instalada deverá atingir as 500 inoculações por dia, número que irá progressivamente aumentar até um limite máximo de 2.000 inoculações/dia.

Pronto para funcionar desde fevereiro, o centro conta com 12 linhas de vacinação, duas das quais em modelo ‘Walk Thru’ para utentes que se descolem a pé, explicou o CEO da Unilabs, Luís Menezes.

Na cerimónia que assinalou o arranque da vacinação naquele local, Carlos Nunes defendeu que o país está num “momento decisivo” do combate à pandemia.

“Este é realmente um momento importante se queremos salvar o mês de agosto, o mês de setembro e o inverno, este é o momento decisivo para o fazermos. Neste momento, temos um número muito grande de vacinas disponíveis e por isso estamos a aumentar grandemente a inoculação em todos os locais de vacinação”, disse, sublinhando que este centro vai permitir aumentar a capacidade de vacinação.

Carlos Nunes reforçou, contudo, que o combate à covid-19 não se pode fazer exclusivamente por parte das instituições, apelando a colaboração das populações.

Aquele responsável explicou ainda que o momento escolhido pela ‘task force’ para aceitar o repto lançado pela Câmara do Porto em janeiro deveu-se ao aumento do número de casos e à existência de vacinas em número suficiente.

Também o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse acreditar que este modelo “não só permitirá acelerar o processo de vacinação na cidade, como poderá vir a ser replicado noutros locais”, à semelhança do que sucedeu com a testagem, também em ‘Drive Thru’, que o Porto implementou no Queimódromo, em março de 2020.

Preparado desde fevereiro, o centro vai permitir, nesta fase, “atenuar a pressão nos outros pontos de vacinação da cidade, bem como permitir um processo seguro de vacinação, em larga escala”, acrescentou o autarca.

Resultado de uma “colaboração virtuosa”, este centro é assegurado a custo zero pela autarquia, pela Unilabs e pelo Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).

Ao município do Porto cabe disponibilizar os meios da Proteção Civil e da Polícia Municipal para apoiar a operacionalização deste centro, a articulação com as entidades necessárias para o bom funcionamento deste espaço, bem como assegurar o transporte das vacinas em segurança de e para o local.

A ARS-Norte assegura, através do Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Ocidental, a cedência de vacinas a administrar, bem como todo o processo de gestão de inoculações diárias a administrar no Queimódromo, de acordo com o volume de vacinas semanalmente fornecidas pela ‘task force’ e dos autoagendamentos diários, a par da formação para a preparação e administração dos vários tipos de vacinas.

Já o CHUSJ será responsável pela consultoria no que se refere à vigilância clínica de reações adversas e a outros aspetos organizacionais da operação.

Por seu turno, a Unilabs Portugal irá assegurar a logística, a operação, a organização de fluxo e os técnicos de vacinação no espaço.

Na cerimónia, o CEO da Unilabs e o presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo, realçaram a persistência e o esforço de antecipação e planeamento da Câmara do Porto.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.004.996 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.135 pessoas e foram registados 899.295 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.