A Alemanha já recebeu mais de 200 doentes críticos de outros países da União Europeia (UE), transferidos nomeadamente de regiões de França (130), Itália (44) e Holanda (55) onde os hospitais atingiram a capacidade máxima.

O país “tem disponibilidade e capacidade para, se for necessário, acolher mais”, disse Jens Spahn ao anunciar hoje oficialmente a decisão.

A medida, com um custo estimado, até agora, de 20 milhões de euros, foi decidida no domingo na reunião do gabinete de crise do Governo alemão.

Segundo uma nota oficial, o Governo alemão prevê financiar estes tratamentos até ao final de setembro.

Menos atingida que alguns dos países vizinhos pela pandemia e com maior capacidade de cuidados intensivos, a Alemanha contabiliza 141.672 casos de contágio, 4.404 mortes e 91.500 casos considerados curados, segundo dados oficiais de hoje.

Com cerca de 83 milhões de habitantes, a Alemanha é o quinto país europeu mais afetado pela pandemia, embora com números muito inferiores aos primeiros quatro.

Na Europa, os países mais atingidos são Itália (23.660 mortos, em mais de 178 mil casos), Espanha (20.852 mortos, 200.210 casos), França (19.718 mortos, mais de 152 mil casos) e Reino Unido (16.060 mortos, mais de 120 mil casos).

Surgido em dezembro, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 2,3 milhões de pessoas, 164 mil das quais morreram.

A Europa é a região do mundo com mais casos (1,1 milhões) e mais mortes (mais de 100 mil).