De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), há agora um valor aproximado de 106.800 pessoas consideradas curadas, um crescimento de 3.500.
O ministro da saúde, Jens Spahn, defendeu hoje a utilização de uma aplicação no telemóvel para detetar quem tenha estado em contacto com um doente infetado com covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Em declarações ao programa “Morgenmagazin” da ZDF, Spahn assumiu entender as razões das críticas ao recurso a essa aplicação, mas insistindo que o objetivo da sua utilização é importante.
“Trata-se de informação delicada, da proteção de dados. Mas a meta é que se alguém se contagia, possamos encontrar rapidamente as pessoas com quem tenha tido contacto”, sublinhou.
O vice-diretor do RKI, Lars Schaade, revelou esta terça-feira existir um “perigo fundamental” de uma segunda vaga de infeções no país “se todas as medidas restritivas forem removidas demasiado cedo”.
Vários estados federados da Alemanha já permitiram a reabertura de vários comércios e escolas, aplicando o uso obrigatório de máscaras de proteção. Em Berlim, por exemplo, os parques infantis vão poder voltar a ser usados já a partir do dia 30 de abril.
Ainda assim, multiplicam-se as queixas de uma ação não coordenada entre todas as regiões alemãs, o que já levou a própria chanceler Angela Merkel a falar de uma “orgia de discussões”.
Já hoje o líder do governo da Turíngia, assumiu à estação MDR que o combate ao novo coronavírus nos 16 estados “não é tão sincronizado quanto gostaria”, dando o exemplo do uso de máscara, uma decisão que não foi tomada por todos em conjunto.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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