Na conferência de imprensa que decorreu hoje após o Conselho de Ministros e na qual António Costa anunciou as medidas que vão entrar em vigor em Portugal Continental na terça-feira, aquando da passagem para situação de contingência, o primeiro-ministro foi questionado sobre quais são as linhas vermelhas do Governo para vir a endurecer as restrições.
“A primeira linha vermelha tem a ver com a evolução dos óbitos. Não há bem maior do que a vida e esse é essencial”, começou por responder.
A capacidade de resposta em matéria de cuidados intensivos e as necessidades de internamento no sistema hospitalar são outros dois indicadores elencados pelo primeiro-ministro.
“A linha vermelha é o comportamento que todos nós temos que ter a cada um dos momentos porque é cada um de nós que controla e controlará a evolução da pandemia”, sintetizou.
Para António Costa, Portugal não pode chegar a situações onde tenha que voltar a encerras as escolas uma vez que “os custos de aprendizagem para as crianças e para os jovens foram muito elevados” e “grande parte deste ano letivo vai ter que ser feito um esforço acrescido para recuperação de aprendizagens”.
“Temos uma linha vermelha que é: não podemos voltar a fechar a economia como fechamos em março e em abril”, reiterou.
O primeiro-ministro afirmou hoje que o reforço das medidas preventivas contra a covid-19, com o território continental em situação de contingência a partir de terça-feira, visa evitar um aumento exponencial de contágios com a gradual retoma da atividade.
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