“Da 06 a 19 de fevereiro de 2020 (um total de 14 dias), todas as missas para o público agendadas são suspensas em todas as igrejas, comunidades e lares de idosos na diocese de Macau. Os fiéis são aconselhados a não sair, a não ser em caso de necessidade”, de acordo com um comunicado publicado no ‘site’ da instituição.
Já os serviços matrimoniais e funerários “podem ser celebrados mediante acordo entre os padres da paróquia, as partes envolvidas e suas famílias”, esclareceu na mesma nota.
A partir de sexta-feira, a diocese passa a fornecer “um ‘link’ no ‘website’ (…) para as missas transmitidas ‘online’ no domingo e nos dias da semana entre 06 a 19 de fevereiro”.
Na quarta-feira, no dia em que foi anunciado o 10.º caso de infeção em Macau e o fecho dos casinos durante duas semanas, o chefe do Governo de Macau determinou também o fecho de cinemas, teatros, estabelecimentos de saunas e massagens, bares discotecas e ginásios, entre outros espaços, para prevenir o risco de contágio do novo coronavírus chinês.
O chefe do Executivo assinou um despacho relativo às “medidas especiais” com efeito a partir de hoje.
“São encerrados os cinemas, teatros, parques de diversão em recintos fechados, salas de máquinas de diversão e jogos de vídeo, cibercafés, salas de jogos de bilhar e de ‘bowling’, estabelecimentos de saunas e massagens, salões de beleza, ginásios de musculação, estabelecimentos de ‘health club’ e ‘karaoke’, ‘night clubs’, discotecas, salas de dança e ‘cabaret'”, pode ler-se no despacho.
No mesmo texto formaliza-se o fecho dos casinos na capital mundial do jogo: “são encerrados os recintos autorizados para a prática da atividade do jogo”.
A frequência do transporte público foi novamente reduzida e todos os parques públicos vão ser encerrados.
Macau já tinha anunciado a 24 de janeiro a suspensão de serviços, o encerramento de espaços culturais e desportivos, bem com o adiamento do regresso às aulas.
O Instituto de Ação Social recomendou também aos encarregados de educação que mantivessem as crianças em casa, deixando provisoriamente de as colocar nas creches.
A Direção dos Serviços de Educação informou da suspensão ou adiamento de todas as competições escolares e atividades realizadas por aquela entidade.
O Instituto de Desporto decidiu igualmente encerrar ao público as instalações desportivas, sem adiantar uma data para reabertura daqueles espaços.
Também os centros de atividades, instalações e espaços interiores do Instituto para os Assuntos Municipais foram já fechados temporariamente, até novo aviso.
De igual forma, o Museu Marítimo, o Museu das Forças de Segurança de Macau e o Museu dos Bombeiros fecharam portas, assim como todas as bibliotecas públicas e recintos culturais. Em todos os casos, não é indicada uma data de reabertura.
Os serviços dos Centros Ambientais Alegria e 17 postos de recolha do Programa de Pontos Verdes foram suspensos e a Fundação Macau decidiu encerrar as instalações do Centro Unesco, por tempo indeterminado.
A estas medidas junta-se a obrigatoriedade de usar máscaras nos transportes públicos e o apelo do Governo para que as pessoas se mantenham em casa, de forma a evitar o risco de contágio do novo coronavírus chinês.
Apesar dos apelos do Governo de Macau para a população manter a calma e que não precisava “de correr” para ir comprar alimentos, assegurando que existem alimentos suficientes em ‘stock’ e centenas de toneladas de produtos já encomendadas, as pessoas acorreram em massa aos supermercados na quarta-feira.
Hong Kong anunciou na manhã de quarta-feira a primeira morte relacionada com o coronavírus.
O antigo território britânico suspendeu as ligações marítimas com Macau e fechou quase todas as fronteiras terrestres e marítimas com o continente para impedir a propagação do novo coronavírus. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.
O número de mortos provocados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) subiu hoje para 490, com 64 mortes registadas na China nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades de saúde de Pequim.
De acordo com as autoridades chinesas, o número total de pessoas infetadas com o novo coronavírus, detetado em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro do país), colocada, entretanto, sob quarentena, aumentou para 24.324.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Comentários