“Não precisam de correr à compra de produtos”, apelou o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, em conferência de imprensa.
“Se o fizerem poderão contribuir para mais confusão no mercado”, frisou, referindo que “as pessoas não estão a ajudar à prevenção desta epidemia” porque estão em ajuntamentos e em espaços fechados.
Apesar dos apelos à calma, na mesma conferência de imprensa, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, assumiu que “nos próximos sete dias pode ser o auge da epidemia”.
Macau registou hoje mais dois casos de infeção de novo coronavírus, totalizando agora dez casos confirmados.
Com a cooperação de todos, frisou, é possível “ultrapassar esta fase de epidemia”. “Fiquei em casa”, apelou a responsável.
A população de Macau acorreu em massa aos supermercados para comprar produtos alimentícios, poucas horas após o chefe do executivo de Macau ter anunciado, numa conferência de imprensa, medidas excecionais, como o encerramento temporário dos casinos, para combater o surto do novo coronavírus.
Em pelos menos seis destes espaços da ilha da Taipa, o cenário era o mesmo: corredores cheios de pessoas, filas enormes para efetuar o pagamento, com as pessoas, de máscara, a empurrarem carros de compras onde se encontravam empilhadas embalagens de carne, enlatados, sacos de arroz e garrafões de água.
“Gostaria de frisar que a interrupção das linhas marítimas não impede o fornecimento de produtos alimentar”, disse, na mesma conferência de imprensa, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.
O responsável da pasta da economia referia-se à decisão do Governo de Hong Kong de fechar quase todas as fronteiras terrestres e marítimas para o continente para impedir a propagação do novo coronavírus. Apenas dois postos de controlo de fronteira, a Baía de Shenzhen e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vão continuar abertos.
O presidente do Instituto para os Assuntos Municipais, José Tavares, na mesma conferência, disse que existem produtos alimentares congelados suficientes para mais 10 ou 15 dias.
Vão ainda chegar a Macau, nos próximos dias, centenas de toneladas de frutas, peixe, porco, vegetais, etc.
José Tavares assegurou, contudo, que ainda há bens suficientes nos supermercados.
“Não precisam de entrar em pânico”, apelou.
As autoridades asseguraram ainda que vão combater as atividades de contrabando de alimentos nos restaurantes locais, de forma a garantir que os produtos sejam seguros, asseguraram as autoridades e garantiram que vão reforçar a inspeção nas fronteiras.
Quanto às máscaras, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura frisou que o Governo de Macau está a tentar adquirir mais.
O objetivo, contudo, é “garantir todos os recursos ao pessoal médico”.
O Governo de Macau adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.
O Governo de Macau, nesta conferência, anunciou ainda que a frequência do transporte público vai ser reduzida, uma vez mais, e que todos os parques públicos vão ser encerrados.
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