A associação que representa os bares da Zona Histórica do Porto defende que se a ideia era caminhar para uma proibição total isso deveria ter sido feito há três anos, aquando da introdução da actual lei. A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto acredita que a Direcção-geral de Saúde vai defender um aumento das restrições relativas ao tabaco em 2011, seguindo assim a orientação de uma parte do grupo de trabalho que avalia as normas actualmente em vigor que restringem o fumo em locais públicos.
Em declarações à TSF, o presidente desta associação mostrou-se contra esta ideia e lembrou que não sabe o que poderão fazer as pessoas que fizeram investimentos tendo em conta a actual legislação. «Se queriam ir pela proibição total era preferível que tivéssemos feito isso há três anos. Estaríamos agora nas acções de sensibilização, que deveriam ser as primeiras», acrescentou António Fonseca, que defende que são estes espaços de animação «são os que estão a criar mercado de trabalho».
António Fonseca frisou ainda que o «importante não é estar contra o espírito da lei», mas prevenir que «não haja uma medida radical e que haja cada vez mais no terreno uma acção de sensibilização». Por seu lado, a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo defende que há imperfeição na actual lei, que deverá passar a ser mais apertada, com o fim das «excepções» e «salas para fumadores».
«Estamos abertos para discutir alguns casos pontuais e as condições em que se podem organizar essas excepções, mesmo assim com a preservação mais possível da qualidade do ar», adiantou o presidente desta confederação. Também ouvido pela TSF, Luís Rebelo defende que se deve «evitar a contaminação de terceiras pessoas ou trabalhadores desses espaços».
31 de Dezembro de 2010
Fonte: TSF
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