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Estudo alerta que consumo superior a 20 gramas diárias aumenta risco de mortalidade em 3,3%
7 de março de 2013 - 12h00
O consumo de carne vermelha não é um aliado da saúde e são vários os estudos que alertam para o risco de cancro e doenças do coração associado ao consumo excessivo deste alimento. Uma investigação concebida em dez países europeus acrescenta que comer carne processada, como salsichas, almôndegas ou bacon, é ainda mais perigoso.
A conclusão mais destacada do estudo realizado em 448.568 pessoas, sem antecedentes de doença coronária ou cancro, indica que limitar o consumo de carnes processadas a 20 gramas por dia poderia reduzir a mortalidade prematura em 3,3%.
A Investigação prospetiva europeia em cancro e nutrição, publicada na revista científica BMC Medicine, conclui ainda que quanto mais carne processada se consumir, maior é o risco de desenvolver doença oncológica ou coronária.
A probabilidade das pessoas que consomem mais de 160 gramas de carne processada por dia – o equivalente a duas salsichas e uma fatia de bacon – morrerem num prazo médio de 13 anos é 44 por cento maior do que a das que consumem 20 gramas, lê-se na investigação.
A investigação estudou indivíduos de 23 centros de 10 países europeus – Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Holanda, Itália, Noruega, Reino Unido e Suécia – durante 10 anos. Em traços gerais, o estudo analisou três variáveis - consumo de carne vermelha, de carne processada e de carne branca – e estabeleceu uma relação com o índice de mortalidade.
Uma leitura mais ampla do estudo deixa concluir que os indivíduos que comem carne branca e os vegetarianos desenvolvem um índice de mortalidade similar, indicador que aumenta quando se trata de indivíduos que se alimentam à base de carnes vermelhas. O mesmo indicador cresce mais ainda quando se fala de enchidos.
O mesmo estudo conclui que a relação entre consumo de carne em qualquer das suas formas e mortalidade não é estritamente linear e que não comer carne é pior do que comer mais de qualquer um dos três tipos.
“Isto é compreensível porque a carne é uma importante fonte de nutrientes, com proteínas, ferro, zinco, vitamina B, vitamina A e ácidos gordos essenciais. Um nível insuficiente destes nutrientes por causa de uma dieta vegetariana não equilibrada parece ser a causa associada a um maior risco de mortalidade e morbilidade”, concluem os autores.
SAPO Saúde
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