27 de março de 2013 - 14h25
As urgências hospitalares aumentaram ligeiramente (0,1%) em janeiro, face ao mesmo mês de 2012, enquanto as cirurgias programadas subiram 6,9% e as primeiras consultas quatro por cento, revela hoje um relatório da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
Em janeiro foram realizadas 49.065 intervenções cirúrgicas programadas, mais 3.146 (6,9%) do que em igual período de 2012, adianta a monitorização mensal da atividade assistencial de janeiro de 2013 da ACSS.
As cirurgias em ambulatório também cresceram, “fruto do trabalho desenvolvido nos últimos anos”, com uma transferência gradual da atividade cirúrgica para o ambulatório.
Assim, 55,2% das intervenções realizaram-se com a possibilidade de o doente ser operado e ter alta no mesmo dia, mais 3,9% do que no ano anterior.
Esta situação melhora a comodidade do doente, diminuindo o tempo para integração na vida ativa e reduzindo a probabilidade de infeções hospitalares, adianta a ACSS.
Neste período, realizaram-se 310.711 primeiras consultas nos hospitais, mais 4% face ao período homólogo de 2012, e 754.972 consultas subsequentes, um aumento de 2,7% face ao ano passado.
No total, realizaram-se mais 32.062 consultas médicas do que em igual período de 2012.
A ACSS refere que “é desejável que ocorra transferência de cuidados dos hospitais para os cuidados de saúde primários, aumentando o acesso às primeiras consultas hospitalares, e uma redução das consultas subsequentes”.
Os atendimentos urgentes também aumentaram em janeiro, situando-se nos 515.214, mais 16.407 do que em 2012.
O relatório explica que a evolução da atividade de urgência hospitalar está muito dependente da sazonalidade dos surtos de doenças respiratórias infeciosas.
“Em linha com o esperado, regista-se uma estabilização do número de atendimentos face a 2012 pela emergência mais precoce da época gripal”, sustenta.
Em janeiro verificou-se uma estabilização do número de doentes saídos dos hospitais: 72.798 em 2012 e 72.802 em 2013.
Ao nível da demora média da saída (alta hospitalar), a ACSS afirma que se verificou um “ligeiro agravamento indesejável deste indicador (+0,1 dias)".
De acordo com o documento, tendo em conta o crescimento da cirurgia em ambulatório, "desejavelmente deveríamos observar uma redução da demora média”.
Lusa