Cientistas chineses desenvolveram um tipo de plástico que se decompõe em águas do mar, sem deixar resíduos, visando combater a poluição dos oceanos, informou a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

A decomposição do material, composto por poliéster, em água marinha, pode demorar entre alguns dias a vários meses, gerando pequenas moléculas que não causam poluição, segundo Wang Gexia, engenheiro do Instituto Técnico de Física e Química da Academia Chinesa de Ciências, citado pela Xinhua.

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"Durante muito tempo, as pessoas preocuparam-se com a contaminação do plástico apenas nos solos. A poluição dos mares apenas teve a atenção das pessoas nos últimos anos, com as notícias de animais marinhos mortos", afirmou.

Os cientistas combinaram hidrólise não enzimática, dissolução na água e processos biodegradáveis para gerar o novo material.

Mais de oito milhões de toneladas de plásticos 

Mais de oito milhões de toneladas de plásticos são descartadas nos oceanos todos os anos e há uma preocupação crescente com as consequências contaminantes deste produto derivado do petróleo para a saúde humana e meio ambiente.

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Apesar dos esforços de reciclagem, a maior parte dos plásticos permanece por centenas de anos no meio ambiente. Por isso, cientistas continuam à procura das melhores formas de eliminá-lo.

Os plásticos dominam os resíduos encontrados no Mediterrâneo, a maior parte com origem na Turquia e Espanha, e afetam Portugal onde 72% do lixo das praias é plástico, alertou a organização ambientalista internacional WWF.

Os ambientalistas alertam que o Mediterrâneo "corre perigo de se transformar numa armadilha plástica, com níveis recorde de poluição causada por microplásticos, que ameaçam tanto espécies marinhas como a saúde humana".