Contrariamente a outras investigações que se debruçaram sobre a questão genética e estilo de vida, este estudo publicado na revista científica "International Psychogeriatrics" focou-se no papel da  personalidade e saúde mental na longevidade do ser humano.

A investigação envolveu 29 participantes, com idades entre os 90 e os 101 anos, e 51 familiares destes na casa dos 50, 60 e 70 anos.

Do ponto de vista físico, os voluntários mais novos apresentavam melhor saúde, mas do ponto de vista da saúde mental os habitantes mais velhos das nove aldeias do sul da Itália analisadas estavam em melhor forma do que os seus parentes jovens.

Para a investigação, os cientistas utilizaram "escalas de avaliação da saúde física e mental, resiliência, optimismo, depressão e stress" e também tiveram em conta a história de vida dos mesmos e características como crenças religiosas, origens e eventos traumáticos.

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No final do estudo, os cientistas europeus e norte-americanos, liderados pela investigadora Anna Scelzo, encontraram traços psicológicos comuns que podem explicar a longevidade de alguns espécimes humanos.

Por exemplo, no grupo de pessoas entre os 90 e os 101 anos, destacaram-se características de personalidade como a teimosia, persistência, tendência para dominar e necessidade de controlo. "A tendência para controlar o meio que os rodeia sugere um conflito notável que é equilibrado pela necessidade de se adaptar às mudanças", lê-se no estudo, que acredita que essa "luta interior" pode ser a chave para uma maior longevidade.

Os cientistas concluíram ainda que os idosos teimosos viviam mais anos se, para além de persistentes, também fossem ativos e otimistas.