O Centro Hospitalar do Porto (CHP) anunciou hoje ter iniciado a implementação de
um sistema integrado de deteção de doentes com alergias conhecidas.
Este sistema inclui vários componentes: a pulseira de alergia e um sistema de
alertas no processo clínico eletrónico do doente e no circuito do
medicamento.
Em declarações à Lusa, Isabel Santos, anestesista e diretora do Serviço de
Qualidade do Hospital de Santo António, explicou que esta prática vai permitir
“o alerta imediato e a rápida identificação pelos profissionais de um doente com
alergia conhecida, internado ou no serviço de urgência”.
As reações alérgicas a medicamentos ou a outras substâncias constituem um
problema importante na prática do profissional da área da saúde, podendo ser
causa de hospitalização, de aumento do tempo de internamento e, até mesmo, de
morte.
A identificação de alergias, sendo parte integrante da história clínica do
doente, é “uma informação que deve estar facilmente visível e acessível durante
os cuidados em ambiente hospitalar. A identificação segura e rápida do tipo de
alergias/reações adversas anteriores é essencial para aumentar a segurança no
tratamento do doente”, sustentou Isabel Santos.
A responsável pelo Serviço de Qualidade referiu que o recurso ao uso de uma
pulseira de alerta é um meio já internamente usado para outras situações
clínicas, citando o caso dos doentes com risco de queda, a quem é aplicada uma
pulseira rosa.
“As pulseiras de alerta são de uso único e obedecem a um código de cores,
tendo sido escolhida para a pulseira de alergia a cor roxa, a qual permite a
inscrição das substâncias a que o doente é alérgico. A rápida identificação
desta situação clínica assume importância primordial em situações de
emergência”, explicou.
Lusa
09 de Maio de 2011
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