Por ocasião do 7º Simpósio Internacional de Amamentação da Medela, realizado nos dias 17 e 18 de Abril, em Viena, Áustria, um painel internacional de especialistas e investigadores destacaram as mais recentes descobertas de investigação sobre o valor do leite humano e a sua influência positiva no apoio às mães e aos seus bebés, durante a fase da amamentação.
Em 2008, o investigador Peter Hartmann, juntamente com a sua equipa do grupo de investigação de Aleitamento Materno Humano, da Universidade de Western Austrália, descobriu, pela primeira vez, a presença de células estaminais no leite materno. Agora, a investigadora Foteini Hassiotou, estudante de doutoramento e vencedora do Prémio Aus-Biotech-GSK Student Excellence Award 2011, fez uma nova descoberta que prova que as células estaminais embrionárias, encontradas no leite materno, podem ser transformadas noutros tipos de células no corpo humano, tais como osso, gordura, fígado pancreático, e células do cérebro. A descoberta abre novas possibilidades para a utilização de células estaminais na medicina regenerativa, sem haver a necessidade de destruir embriões no processo.
Apresentando, pela primeira vez, as suas descobertas a um público europeu e para o Symposium da Medela, a investigadora Foteini Hassiotou explicou que esta descoberta abre várias portas, nomeadamente no campo da investigação do cancro da mama, terapia com células estaminais e medicina regenerativa. Hassiotou e a equipa UWA irão concentrar-se mais sobre o papel destas células no desenvolvimento de bebés amamentados e nos problemas de lactação em algumas mães.
A investigadora Foteini Hassiotou comentou: "Estou orgulhosa de fazer parte desta entusiasmante jornada de descoberta de células estaminais no leite materno, apoiada pela Medela, que permite abrir novos horizontes para a investigação. Como as células estaminais estão presentes em quantidades relativamente altas no leite humano, estou particularmente interessada em saber mais sobre o papel que desempenham na regeneração dos tecidos e no desenvolvimento do bebé, bem como o impacto que elas podem ter no aparecimento de uma doença. "
26 de abril de 2012
@SAPO
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