29 de janeiro de 2013 - 12h59
A incidência e mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) está a diminuir em Portugal, mas os resultados poderiam ser melhores se a população acatasse as recomendações dos especialistas, defende o presidente da Sociedade Portuguesa do AVC.
“Estamos fartos de ensinar os fatores de risco, corrigem-nos mal. Estamos fartos de ensinar os principais sinais de AVC, desprezam-nos. Estamos fartos de dizer que é preciso chamar o 112 e exigir ser levado a um hospital que tenha unidade de AVC, e não o fazem”, lamentou Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do AVC.
Em declarações à Lusa a propósito da 7.ª edição do Congresso Português do AVC, que começa na quinta-feira no Porto, Castro Lopes apelou à população para que participe numa sessão informativa gratuita sobre a doença que decorrerá sábado, no Porto Palácio Hotel.
“Este é um problema de saúde pública. Daí termos decidido introduzir no congresso uma sessão informativa, gratuita e aberta à população em geral”, referiu o neurologista.
Nas palavras do responsável, Portugal está “razoavelmente servido” em termos de hospitais com unidades de AVC, mas disse recear que “as medidas economicistas” possam prejudicar o seu funcionamento.
Promovido pela Sociedade Portuguesa do AVC, o congresso começa na quinta-feira com a participação de 800 profissionais de saúde e vai debater a evolução e incidência da doença em Portugal e o seu impacto na gestão do Serviço Nacional de Saúde. 
De acordo com dados divulgados pela organização do encontro científico, o AVC é a principal causa de morte em Portugal e uma em cada seis pessoas no mundo terá um AVC ao longo da vida. Cerca de 30% das pessoas que têm um AVC morrem ao fim de um ano e metade dos sobreviventes ficam com algum tipo de incapacidade.
Lusa