3 de maio de 2013 - 12h44
Cancros diferentes têm mutações genéticas semelhantes, confirmam duas investigações, sobre a leucemia mielóide aguda e o cancro do útero, que abrem caminho a tratamentos direcionados mais eficazes.
O estudo sobre o cancro do sangue foi divulgado na revista norte-americana New Englad Journal of Medicine e o do cancro uterino foi publicado na revista britânica Nature.
As investigações inserem-se no quadro de um vasto projeto dos Institutos de Saúde norte-americanos designado “Cancer Genome Atlas Project” e que visa decifrar a “impressão digital” genética de 10.000 tumores de 20 tipos de cancro diferentes.
O projeto já permitiu obter esclarecimentos importantes sobre os cancros da mama, do pulmão e do cólon, ao revelar relações genéticas entre eles e com outros tumores.
Estas investigações ao nível do genoma têm mudado a abordagem clínica do cancro, que é cada vez mais classificado em função das suas características genéticas do que do órgão que afeta.
O último estudo sobre a forma mais agressiva de cancro do útero indica que este é semelhante aos cancros mais graves do ovário e da mama, segundo os autores da investigação, que analisaram 373 tumores, indica a agência France Presse.
A investigação sobre a leucemia aguda, que envolveu 200 doentes, identificou pelo menos 260 mutações genéticas, entre as quais as encontradas sistematicamente nas formas mais graves do cancro.
Lusa