Uma equipa do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, está a ensaiar uma forma aperfeiçoada de usar material genético para tratamentos contra o cancro.
Os investigadores aplicaram “uma estratégia inovadora de purificação de moléculas de DNA e desenvolveram, posteriormente, nanopartículas capazes de o entregar no interior das células”, explicou Fani Sousa, uma das cientistas, à Agência Lusa
Os tratamentos contra o cancro com genes transportados em nanopartículas consistem em minúsculas fitas de material genético agarradas a partículas (que podem ser de diferentes origens) que as transportam pelo corpo e depois as libertam.
A terapia genética consiste na inserção de genes funcionais em células com genes defeituosos, de modo a substituir ou complementar esses genes causadores de doença.
No estudo da UBI, foram usadas células cancerígenas do pulmão e colo do útero, como modelo de estudo, porque “são células que se caracterizam pela sua capacidade de crescimento desregulado”.
O que torna o estudo diferente de todos os outros “é o modo de preparação com elevado grau de purificação que garante uma molécula de DNA livre de contaminantes”.
Ou seja, será possível obter “um maior grau de eficácia” por cada partícula.
O estudo está vertido num artigo científico subscrito por seis investigadores e associado ao projeto de “isolamento e purificação de DNA plasmídico para aplicação em terapia do cancro”.
O projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e integram a equipa: Ilídio Correia e Fani Sousa (orientadores), Filomena Silva, Ângela Silva, Catarina Paquete e Vítor Gaspar, membros do grupo de Biotecnologia e Ciências Biomoleculares do CICS.
26 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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