A vítima era um homem, que morreu na cidade de Sorocaba, no estado de São Paulo. O Governo alertou que a doença é considerada extremamente rara e de alta letalidade.
Segundo um comunicado publicado pelo Ministério da Saúde brasileiro, entre o início dos sintomas e a morte, o paciente passou por três diferentes hospitais, sendo o último o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Não houve histórico de viagem internacional.
Durante o atendimento do paciente infetado, foram realizados exames para identificação de doenças, como febre-amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika. Contudo, os resultados foram negativos para todas essas doenças.
“Foram realizados exames complementares no Laboratório de Técnicas Especiais do Hospital Albert Einstein que identificou o arenavírus, causador da febre hemorrágica brasileira”, frisou o órgão do Governo brasileiro.
O Ministério da Saúde destacou que não está confirmada a origem da contaminação da vítima e que realizou uma reunião com órgãos de saúde para verificar o atual cenário e as ações de busca e monitorização das pessoas que tiveram contacto direto com ela.
“O que se sabe é que as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infetados”, apontou o informe.
A transmissão dos arenavírus, vetor da doença, de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contacto muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando não utilizados equipamentos de proteção, por meio de contacto com sangue, urina, fezes, saliva, vómito, sémen e outras secreções ou excreções.
O período de incubação da febre hemorrágica varia entre sete e 21 dias e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz. Com a evolução da doença pode haver comprometimento neurológico.
Comentários