Milhões de seguidores de Kim Kardashian, mulher do rapper Kanye West, depararam-se com uma nova mensagem sobre a sua gravidez, um tema badalado nas redes sociais. Mas desta vez a publicação não passou indiferente à Food and Drug Administration (FDA), a autoridade americana responsável pela regulação de alimentos e medicamentos.
Na foto, a celebridade mostrava uma caixa de comprimidos com as quais, assegurava, tinha conseguido livrar-se das náuseas matinais que afetam muitas mulheres durante a gravidez. Kim Kardashian está grávida do seu segundo filho.
Segundo a socialite norte-americana, que ficou conhecida depois da difusão descontrolada de um filme pornográfico caseiro, este fármaco, denominado Diclegis e vendido sem prescrição médica, não tem riscos para o bebé.
Kim Kardashian chega mesmo a aconselhar as grávidas a tomar o medicamento e a pedirem mais informações sobre o fármaco ao médico.
Na sequência dos factos, a FDA decidiu dar um puxão de orelhas tanto à socialite, como à empresa que produz os medicamentos, por este tipo de promoção tendenciosa.
Numa carta dirigida à farmacêutica, Duchesnay Inc., e à mulher de Kanye West, as autoridades reguladoras ordenaram o fim deste tipo de ações de promoção e lembraram que a mensagem publicada no Instagram não alertava corretamente para os potenciais riscos do fármaco.
"Ao omitir os riscos relacionados com o Diclegis, a publicação, de forma enganosa, não proporciona informação suficiente sobre as consequências que podem decorrer da toma do fármaco e sugere que é mais seguro do que foi na verdade demonstrado", explica Robert T. Dean, diretor do departamento de prescrição e promoção médica da FDA na referida carta.
Mais ainda: Robert T. Dean assinala que o medicamento em causa tem efeitos secundários, como a sonolência, e não foi testado em mulheres com hiperêmese gravídica, um transtorno que provoca náuseas fortes e vómitos compulsivos.
Kim Kardashian tem 43,3 milhões de seguidores só no Instagram.
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