Os presidentes de cinco concelhos do Alto Tâmega (Boticas, Chaves, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar) entregaram ao Ministério da Saúde um conjunto de reivindicações relacionadas com o setor da saúde neste território do distrito de Vila Real.

O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga (PSD), disse, em comunicado enviado à imprensa, que os autarcas defendem a necessidade de “valorização do Hospital de Chaves, o hospital de referência para o Alto Tâmega e que tem vindo a perder sucessivamente competências e especializações, em claro prejuízo da população, em detrimento do Hospital central de Vila Real”.

O autarca sublinhou ainda a preocupação relativamente à situação da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), “já que existe apenas uma para uma grande área de abrangência, fazendo com que esteja indisponível grande parte do tempo”.

“E a situação é ainda mais difícil já que a VMER faz muitas vezes transferências para o Hospital de Vila Real, o que leva a que a sua indisponibilidade seja ainda mais prolongada”, acrescentou.

Relativamente ao concelho de Boticas, Fernando Queiroga reivindicou a colocação de mais médicos no centro de saúde local, onde diz que cerca de 1.300 utentes se encontram ainda “a descoberto”.

População envelhecida e com dificuldades de deslocação

O autarca lembrou que o município possui “uma população envelhecida e com dificuldades de deslocação” o que, na sua opinião, “leva a que o número de atendimentos no centro de saúde de Boticas seja bastante elevado, quando comparado com o número de médicos daquela unidade”.

Em janeiro, o centro de saúde registou uma média de 82 atendimentos por dia, perfazendo um total de 2.485 atendimentos durante o mês.

Fernando Queiroga alertou ainda para a necessidade de serem realizadas obras de requalificação nesta unidade de saúde, que foi construído há 35 anos sem nunca ter sofrido obras, e manifestou a disponibilidade do município de Boticas em colaborar com o Ministério da Saúde, comparticipando nos custos.

Também o presidente da Câmara de Ribeira de Pena, o socialista Rui Vaz Alves, reivindicou a colocação “urgente de quatro médicos de família no concelho, em regime permanente”, bem como a criação de incentivos para a fixação dos clínicos.