8 de maio de 2013 - 14h20
A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) quer proibir os solários e propôs hoje uma alteração da legislação que aumente a "fiscalização efetiva" destes espaços e que gradualmente os encerre de vez.
“Não há fiscalização. Há solários em que os jovens, até universitários, porque há solários perto de universidades, se expõem prolongadamente", afirmou Osvaldo Correia, secretário geral da APCC.
Lembrando que no Brasil, um dos países com mais experiencia na área do cancro cutâneo, os solários já estão proibidos, Osvaldo Correia salienta que na maior parte dos Estados membros da União Europeia vão estar proibidos a partir de 2014.
O responsável afirma que é necessário saber: “quantos solários existem, quantos cumprem a legislação e os custos dos cancros que vão surgir em consequência do seu uso”.
“Está demonstrado que o uso do solário, mesmo que esporádico, é indutor do cancro de pele, e que isto tem custos elevados”, alerta.
Na sua opinião, a abolição dos solários seria até uma forma de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.
“Não há argumentos de benefício de saúde real da exposição a solários”, acrescentou.
Esta proposta foi apresentada hoje pela APCC aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, juntamente com os resultados dos inquéritos e campanhas realizados nas escolas e nas praias, a propósito do próximo Dia do Euromelanoma (15 de maio).
Lusa