A Organização Mundial de Saúde defende que é preciso fazer muito mais ao nível das políticas do sector para reduzir o número de mortes e problemas de saúde causados pelo consumo nocivo de álcool.
Com base num relatório hoje divulgado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) advoga que é necessária uma implementação mais vasta de políticas para salvar vidas e reduzir o impacto na saúde do consumo desregrado de álcool. O consumo excessivo de álcool provoca a morte de 2,5 milhões de pessoas anualmente, está na origem de doenças e de lesões em muitas mais e cada vez mais afecta gerações mais jovens e consumidores de países em desenvolvimento.
A OMS define o consumo nocivo de álcool como uma ingestão excessiva ao ponto de causar danos na saúde e ter consequências na vida social. O "Global Status Report on Alcohol and Health" analisa dados de consumo de álcool, as suas consequências e as políticas de intervenção a nível global, regional e local.
"Muitos países reconhecem os sérios problemas de saúde pública causados pelo consumo nocivo de álcool e têm dado passos no sentido de evitar os encargos de saúde e sociais e tratar dos que precisam de cuidados. Mas há muito mais a fazer para reduzir o número de mortes e o sofrimento associado a esse consumo", refere o director-geral adjunto da OMS para as Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental, Ala Alwan, no relatório, disponibilizado na página da internet da OMS.
O relatório revela que 4% do total de mortes em todo o mundo estão relacionadas com o consumo nocivo de álcool. A maioria das mortes relacionadas com o álcool é provocada por ferimentos, cancro, doenças cardiovasculares e cirrose hepática. Em todo o mundo, 320 mil jovens com idades entre os 15 e os 29 anos morrem anualmente devido a causas relacionadas com o consumo nocivo de álcool, o que representa 9%das mortes ocorridas naquele grupo etário.
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