O processo engloba um acordo com a Johnson & Johnson e as empresas de distribuição AmerisoruceBergen, Cardinal Health e McKesson.

Todas as tribos reconhecidas pelo governo federal dos Estados Unidos são abrangidas, mesmo aquelas que não tenham processado as empresas pelos opióides.

Muitas tribos foram duramente atingidas pela crise de dependência e overdose nos Estados Unidos. Um estudo citado no acordo descobriu que os nativos americanos tiveram a maior taxa per capita de overdose de opióides de qualquer outro grupo populacional em 2015.

Mais de 400 tribos e organizações inter-tribais, que representam cerca de 80% dos nativos, iniciaram processos judiciais contra os opióides.

Sob o acordo, a Johnson & Johnson, com sede em Nova Jérsia, pagará 150 milhões de dólares (cerca de 133 milhões de euros) e as empresas de distribuição contribuirão com 440 milhões de dólares (cerca de 390 milhões de euros). Cada tribo pode decidir se quer participar.

Os acordos recém-anunciados são separados de um outro de 75 milhões de dólares (cerca de 66 milhões de euros), que a Cherokee Nation e as três empresas de distribuição alcançaram no ano passado.

As mesmas quatro empresas estão a aproximar-se das fases finais de aprovação de acordos no valor de 26 mil milhões de dólares (cerca de 23 mil milhões de euros) com governos estaduais e locais nos Estados Unidos. Têm até ao fim do mês de fevereiro para obterem assinaturas de entidades governamentais suficientes para continuar o processo.

Os processos tribais fazem parte de mais de 40 mil milhões de dólares (cerca de 35 mil milhões de euros) em acordos, coimas e multas cobradas ao longo dos anos por empresas pelo seu papel na crise dos opióides.

O opióides, incluindo medicamentos prescritos como o OxyContin e drogas ilícitas (heroína e fentanil), foram associados a mais de 500 mil mortes nos Estados Unidos nas últimas duas décadas.