Descargas ilegais, entre outras causas, levaram as autoridades a desaconselhar ou mesmo proibir a ida a banhos em 38 praias nacionais até 15 de agosto, informa a associação ambientalista ZERO num comunicado divulgado esta semana.

Os números correspondem a 6,3% das 608 zonas balneares (480 costeiras ou de transição e 128 interiores).

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Segundo a organização ambientalista, este número equivale a quase o dobro das praias afetadas no mesmo período do ano passado, quando 21 tinham sido afetadas por restrições.

Entre as praias afetadas este ano estão: Alemães, Pescadores, Olhos de Água, Santa Eulália e Inatel, em Albufeira;

  • Pintadinho, Carvoeiro e Vale Centeanes, em Lagoa;
  • Pego e Comporta, em Grândola;
  • Praia d’El Rei, em Óbidos;
  • São Martinho do Porto, em Alcobaça;
  • Benfeita, Côja, Piodão, Pomares e Secarias, em Arganil;
  • Cabo do Mundo e Conchinha, em Matosinhos;
  • Melres, em Gondomar; Cavadinho em Braga;
  • Ponte da Barca–Rio Lima;
  • Pontilhão da Valeta em Arcos de Valdevez;
  • Azenhas-Vilar de Mouros, em Caminha;
  • Bitetos em Marco de Canavezes;
  • Quinta do Alamal, no Gavião;
  • Devesa no Sabugal;
  • Cabreira, Canaveias, Pego Escuro e Colmeal, em Góis;
  • Bogueira e Senhora da Graça, na Lousã, Foz do Lizandro, em Mafra;
  • Gorgulho, no Funchal;
  • Ribeira dos Pelames, Praia da Tábua e Ilhéu de Vila Franca, nos Açores.
  • Por outro lado, a zona balnear de Areinho, em Arouca, permanece interditada devido ao risco de contaminação por salmonela.

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No comunicado, a Zero sublinha que as 38 zonas balneares afetadas este ano, integram a lista das 44 praias com “Zero poluição” nos últimos três anos, identificadas pela organização ambientalista.

Segundo a ZERO, a maioria dos casos ocorre em zonas balneares interiores, "mais suscetíveis a descargas ou falta de tratamento de águas residuais, ou praias costeiras com ribeiras ou rios próximos cuja qualidade é afetada por episódios causados por fontes de poluição ou na sequência de contaminação associada a poluição difusa aquando de precipitação intensa, faltando medidas adequadas de controlo".

Por outro lado, metade destes episódios tiveram lugar em zonas balneares com classificação de Excelente pelo que, ressalva a associação, devem tratar-se "de episódios esporádicos que, no contexto da legislação, até podem não pôr em causa a sua qualidade, mas que devem ter as suas causas devidamente averiguadas".