“Estão todos bem e assintomáticos (…), numa situação estável e tranquila”, afirmou Graça Freitas, em conferência de imprensa, em Lisboa, onde foi feito novo balanço sobre o surto de doença respiratória aguda pelo novo coronavírus na China.

O grupo de cidadãos – 18 portugueses e duas brasileiras – chegou no domingo ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa. Todos estiveram na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto.

Com o seu consentimento, vão estar sob isolamento profilático enquanto decorrer o período de incubação (até ao aparecimento de sintomas de infeção) do novo coronavírus. O período, de 14 dias, termina em meados de fevereiro.

Graça Freitas reafirmou hoje que o grupo fará novos testes de despistagem do 2019-nCov nas vésperas do fim do isolamento. As primeiras análises deram resultado negativo.

Na quinta-feira, as quatro pessoas que estavam sob isolamento em instalações no Parque Saúde de Lisboa foram transferidas, a seu pedido, para o Hospital Pulido Valente, juntando-se às restantes 16.

No hospital, em áreas reservadas para o efeito, podem fazer exercício físico e circular no exterior com máscaras de proteção.

A China elevou hoje para 637 mortos e mais de 31 mil infetados o balanço do surto do 2019-nCoV, que começou em dezembro na cidade de Wuhan, colocada sob quarentena, de acordo com dados atualizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nas últimas 24 horas, registaram-se 73 mortes e 3.151 novos casos.

Além do território continental da China e das regiões de Macau e Hong Kong, há 270 casos de infeção confirmados em mais 24 países e um morto (Filipinas), segundo o relatório mais recente da OMS, hoje divulgado.

A OMS declarou, há uma semana, o surto como uma emergência de saúde pública internacional face ao risco elevado de propagação do novo coronavírus (família de vírus que causa infeções respiratórias como a pneumonia) à escala global.

A emergência internacional implica a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.