1. Encher a casa de luzes LED
As lâmpadas LED brancas, apresentadas como o último grito da iluminação, estão a tornar a noite cada vez mais dia, agravando a poluição luminosa e os efeitos na saúde das pessoas. Segundo o astrofísico Raul Cerveira Lima, especialista em poluição luminosa e professor na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto, as LED brancas, que simulam o dia, estão a transformar a paisagem noturna e a ser instaladas sem qualquer ponderação sobre os seus efeitos na saúde humana, nos ecossistemas e no ambiente.
Um desses efeitos é a perturbação no sono. A luz LED branca tem na sua composição um comprimento de onda azul muito pronunciado que agrava, quando comparada com outras luzes, a redução da produção de melatonina, a hormona do sono que é desencadeada à medida que escurece o dia. A privação do sono pode aumentar o risco de depressão, obesidade, diabetes e potenciar o cancro de origem hormonal (cancro da mama e da próstata).
2. Não dormir horas suficientes seguidas
A Fundação Nacional do Sono norte-americana recomenda sete a oito horas de sono por dia. Infelizmente, grande parte da população ocidental não consegue atingir esse número saudável devido a uma agenda agitada de trabalho. Tal não só dificulta o desenvolvimento físico, como contribui para o risco de obesidade, diabetes, pressão alta e impede o desenvolvimento neurológico apropriado, entre outras doenças. Também o sistema imunitário fica claramente mais débil depois de uma noite em claro.
Um estudo realizado na Universidade de Uppsala, na Suécia, explica que a privação do sono pode resultar no aumento de moléculas responsáveis por danos cerebrais. No total, 696 estudos diferentes realizados em todo o mundo encontraram uma forte ligação entre a privação do sono e o aumento da obesidade entre crianças e adultos.
3. Fazer refeições à hora errada
Atrasar a hora do pequeno-almoço em hora e meia e adiantar o jantar o mesmo período temporal poderá ser o suficiente para se conseguir uma redução no volume de gordura corporal, revela um estudo piloto publicado no "Journal of Nutritional Science". Os investigadores descobriram que os participantes que alteram as horas das refeições perderam em média mais de metade de gordura corporal do que os do grupo de controlo. A gordura corporal, quando em excesso, pode aumentar o risco de obesidade mórbida, doenças cardiovasculares, diabetes ou cancro, entre outras.
4. Usar óleo de coco na cozinha
Anunciado como um "super alimento" por uma vasta comunidade de marcas e adeptos da vida saudável, o óleo de coco é "uma das piores coisas que se pode comer", salienta a médica e epidemiologista Karin Michels, docente numa das instituições de ensino mais prestigiadas dos mundo, a Universidade de Harvard. Defendido por alguns entusiastas da nutrição como uma opção natural e saudável, este ingrediente é rico em ácidos gordos saturados, que aumentam o colesterol mau (LDL), o que para Karin Michels, que é também diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia de Tumores da Universidade de Friburgo na Alemanha, é "puro veneno".
O óleo de coco contém níveis de gorduras saturadas muito altos (86%), maiores do que os da manteiga (51%) ou da banha de porco (39%). A "American Heart Association" já tinha alertado, em junho de 2017, para os malefícios decorrentes do consumo exagerado de óleo de coco para a saúde cardiovascular.
5. Usar roupa desconfortável, mas na moda
As mulheres que são se importam com as dores de um sutiã desconfortável, de uma carteira pesada ou de um par de sapatos apertado mas que esteja na moda até podem pensar que estão a fazê-lo apenas naquele momento. No entanto, o desconforto atual pode levar a problemas nas costas ao longo da vida. Além das dores nas costas, um sutiã mal ajustado pode causar erupções cutâneas, tendinite e até problemas gastrointestinais, como a síndrome do intestino irritável.
As bolsas volumosas são a tendência, mas colocar muito peso sobre os ombros tem efeitos nocivos para as costas. Os sapatos também são suscetíveis de acelerar a degeneração das articulações dos pés e da coluna e até mesmo precipitar a necessidade de uma cirurgia.
6. Mergulhar a cabeça num smartphone ou tablet
A má postura desencadeada pelo uso de dispositivos móveis, como os smartphones e os tablets, está a afetar não só os idosos, como também aqueles com idade inferior a 24 anos. Uma recente pesquisa levada a cabo no Reino Unido pela Simplyhealth conclui que 84 por cento dos inquiridos com idades entre os 18 e 24 anos sofrem de dores lombares por causa do tempo gasto com o smartphone, tablet ou computador.
A “Síndrome do Pescoço de Texto” é provocada pela inclinação da cabeça para a frente devido ao uso dos referidos aparelhos por um tempo prolongado. A posição cria tensão muscular no pescoço e ombros o que é prejudicial para a coluna. Hérnias discais ou nervos comprimidos são apenas algumas das sequelas.
7. Roer as unhas
O hábito designa-se onicofagia. A remoção da cutícula, pele que nos protege contra agentes externos, deixa o indivíduo mais suscetível à ação de vírus e bactérias. Roer a pele que fica ao redor das unhas causa um trauma que permite a entrada de bactérias no local, causando infeções e inflamações. O hábito é ainda mais prejudicial para quem tem problemas circulatórios e imunitários, pois a infeção pode invadir a corrente sanguínea e complicar o diagnóstico. Para aquelas que pessoas que além de roer, também engolem as unhas, o quadro é ainda pior: graves problemas gastrointestinais, como esofagite infeciosa, gastrite, enterocolite por infeção por microrganismos, verminoses e até apendicite. Roer as unhas também prejudica a musculatura do maxilar e a articulação temporomandibular, causa fraturas nos dentes e gengivite.
8. Fazer sestas longas
Ainda há pouco falávamos dos efeitos secundários da privação de sono. Porém, dormir demasiado também é prejudicial. Aquele cochilo do meio-dia pode ser uma forma eficaz de melhorar a produtividade durante o resto da jornada, mas se for apenas de 30 minutos. Dormir mais do que isso tem igualmente um impacto negativo. Segundo vários médicos e especialistas do sono, dormir mais do que 30 minutos leva à entrada em estádios profundos do sono. Isto não só vai desregular o organismo, como pode provocar sonolência nas horas seguintes. Dados da organização European Prospective Investigation Into Cancer (EPIC), em Norfolk, Reino Unido, mostram que fazer sestas superiores a uma hora por dia aumenta o risco de mortalidade precoce em 32%.
9. Estar demasiado tempo sentado
Vários estudos já provaram que estar sentado durante várias horas por dia, a longo prazo, pode aumentar os riscos de doença cardíaca, diabetes, depressão e alguns tipos de cancro. O pior é que mesmo com quantidades grandes de exercício físico é impossível reverter os efeitos insalubres de estar sentado durante oito horas por dia. Estar sentado é uma posição pouco natural para o corpo humano que leva ao corte de fluxo sanguíneo para as pernas e pés. Independentemente da idade, peso ou quantidade de exercício, as pessoas que passam mais tempo sentadas têm uma vida útil mais curta.
10. Beber refrigerantes
Todos concordamos que uma dieta repleta de refrigerantes não é nada saudável. Mas as pessoas que bebem apenas uma lata de refrigerante por dia aumentam o risco de ataque cardíaco em 20 por cento, segundo um estudo da Universidade de Harvard. A quantidade de açúcar numa única lata de refrigerante corresponde a dez colheres de chá ou a 100 por cento da ingestão diária recomendada. Além disso, os refrigerantes são extremamente ácidos, o que é perigoso para os rins. Para completar, os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos, aumentando a propensão à osteoporose.
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