Oito e meia da manhã.
No horizonte, a promessa
de uma aula exclusiva de yoga
afigura-se a forma ideal de saudar
o dia.
Não será a minha estreia
na modalidade mas, pela primeira
vez, terei uma aula só para mim. «Quando vamos a um ginásio
temos de suportar o trânsito, acabamos
por stressar com imensas
coisas e a aula acaba por não fazer
efeito nenhum», diz-me Bruno
Reis.
2003, em 2009 resolveu
começar a dar aulas em casa dos
alunos. «Ao concentrar-me apenas
numa pessoa, percebo o tipo de
vida que tem e consigo transmitir
as técnicas certas para que a aula
faça diferença na vida dela. A pessoa
sente esse efeito, conseguindo
evoluir mais depressa», conta-me
antes da aula. A divisão da casa para fazer yoga deve
ser ampla (espaço suficiente para se
deitar) e arejada (acredite, vai aquecer
com os exercícios). «Não é essencial ter
espelho e o tipo de chão é indiferente,
porque usamos sempre o colchonete»,
diz Bruno Reis.
Plano personalizado
Inspirar e expirar pelo nariz. Para
quem, como eu, está habituado a
libertar o ar pela boca, enquanto
sua na passadeira do ginásio, esta
é a primeira novidade. Na respiração
abdominal, o abdómen
enche-se de ar a partir da base até
ao topo e, na expiração, esvazia-se a partir de cima. «Este é o
tipo de respiração que devemos
praticar no dia-a-dia para afastar
o stress», sublinha.
«Ideal para
jornalistas», penso eu, lembrando-me das suas palavras antes da
aula. «O yoga tem bastantes técnicas
respiratórias, corporais, de
descontração, de concentração.
Muitas vezes, só quando estou
com a pessoa à minha frente é
que percebo que tipo de técnica
vou utilizar». Dos braços à zona lombar,
passando pelos abdominais e
pontas dos pés, os exercícios são
muitos e parecem escolhidos a
dedo.
«Este exercício trabalha
os tornozelos. É bom para quem
passa muito tempo sentado»,
diz-me. E ainda «agora um exercício
de ginástica ocular, porque
os olhos sofrem ao estar muitas
horas à frente do computador», justifica.
O perfil dos alunos
Homens e mulheres dos 20 aos
70 anos, os alunos de Bruno Reis
têm em comum o facto de serem
«empresários ou pessoas ligadas
a áreas criativas que precisam de
uma lufada de ar fresco no dia-a-dia para melhorarem a sua produtividade,
rendimento no trabalho
e concentração». Por viajarem
e estarem muito tempo fora, não
têm tempo para frequentar uma
escola ou ginásio ou, simplesmente,
preferem fazê-lo no conforto
do lar, normalmente uma
a duas vezes por semana.
A disponibilidade
económica é outra
característica comum.
As aulas ao domicílio estão
disponíveis, das 8 às 22 horas,
todos os dias, na zona de Lisboa
e Grande Lisboa e podem ser de
45 ou 60 minutos. «Se o aluno
não tiver espaço em casa, vou à
procura de um local próximo da sua área de residência. Nesse caso,
aplicam-se apenas as aulas de 60
minutos», diz o professor.
Os preços das aulas de yoga a domicílio variam entre os 50 € e os 360 € (pacotes de
aulas de 60 minutos) e entre 360 € e
4810 € (planos anuais de aulas de 60
minutos). Para obter mais informações, ligue para o telefone 913 744 800 ou vá a www.br-formula.com.
Primeira aula
Estas são algumas das informações a transmitir ao
professor antes de começar:
- Objetivos e expectativas.
Por que quer fazer yoga e o
que espera conseguir (por
exemplo, aliviar o stress,
relaxar, ter mais energia
ou ficar mais em forma).
- Atividade profissional.
Como é o seu dia a dia, nomeadamente em termos de rotinas
e nível de stress envolvido.
- Problemas de saúde.
Musculares, ósseos ou outros
que possam condicionar
os exercícios realizados.
Texto: Rita Miguel com Bruno Reis (yoga personal trainer)
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