O intestino, intitulado como o nosso segundo cérebro, é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, não só pela sua dimensão, sendo o nosso maior órgão, mas também pela existência no seu interior de milhões de neurónios que desempenham uma função independente da cerebral. Desta forma temos de cuidar da nossa saúde intestinal, tal como cuidamos da nossa mente.

A maioria dos países apresenta um baixo índice de natalidade em detrimento de um envelhecimento populacional, sendo a faixa etária acima de 65 anos a com maior expressão nos próximos 10-20 anos. As pessoas vivem até mais tarde, mas por norma com inúmeros problemas de saúde, em grande parte devido a um declínio da função imunológica que se caracteriza por um aumento consequente do risco de infeção e do surgimento de alguns tipos de cancro.

A microbiota, mais conhecida como os nossos micróbios intestinais residentes, é essencial para manter a eficácia do sistema imunitário, bem como para a manutenção de um bom estado de saúde geral. O envelhecimento e a dieta são os principais fatores que influenciam esta microbiota. Desta forma torna-se imperial orientar e educar as camadas mais jovens para hábitos alimentares saudáveis, de forma a que em idosos tenham já esses hábitos enraizados, mas também na população idosa numa tentativa de alteração desses mesmos hábitos.

Em concomitância a uma alimentação saudável e no evoluir de algumas terapias já muito antigas como por exemplo o enema de limpeza, mais comumente conhecido como clister, surgiu a hidroterapia do cólon, já praticada há mais de 40 anos.

A hidroterapia do cólon consiste numa irrigação profunda do intestino grosso com água filtrada e ozonizada, através da introdução, no reto, de uma cânula de dupla via que permite, num circuito fechado, a entrada de água por uma via e a saída de conteúdo fecal por outra.  Todo o processo é efetuado por um profissional de saúde que através dum aparelho, controla a temperatura, pressão e quantidade de água que entra no intestino.

A terapia pode ser feita a partir dos 12 anos de idade, é indolor, inodora e tem como principais objetivos:

  • Recuperar e fortalecer a musculatura intestinal, estimulando desta forma os movimentos peristálticos e consequentemente uma regularização do padrão intestinal.
  • Desintoxicar o corpo.
  • Regenerar as células da parede intestinal, equilibrar a flora e otimizar a absorção dos nutrientes.
  • Eliminação de toxinas e de células mortas que se encontram aderentes às paredes do intestino que promovem o aparecimento de pólipos, pólipos esses que podem degenerar em cancro.
  • Posto isto, torna-se cada vez mais importante cuidarmos da nossa saúde intestinal. Estamos, sem dúvida, a contribuir para uma vida mais saudável e assim, mais feliz.

Um artigo de Magda Moita, enfermeira na Clínica Pilares da Saúde.