“Tenho a sorte de ter umas equipas incríveis que me fazem grande e eu faço-os grandes ensinando-lhes o que mais me de dá gosto. São 44 anos de profissão, sem esconder nada. Isso faz-me o homem mais feliz do mundo, cumprir um sonho, aliás isto é mais do que um sonho”, afirmou o 'chef' espanhol.

O chefe que falava à agência Lusa no final da gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal de 2019, que decorre no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, revelou que o segredo para o sucesso é “nunca mudar”.

“Sou o melhor cozinheiro que posso ser, a pessoa que nunca muda. Sou o mesmo que era quando andava pelas ruas na parte velha da cidade, quando era pequeno. Quando lido com os meus colegas, com um jardineiro ou um jornalista, coloco-me no seu lugar, seja aprendiz de cozinha, jardineiro ou jornalista”, disse.

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O conceituado chefe basco inaugurou este mês o seu primeiro espaço em Portugal, na Torre Vasco da Gama, no Parque das Nações, depois daquilo que considera ter sido uma “proposta irrecusável”.

“Lisboa é um projeto de uns grandes amigos meus, que adoram a minha cozinha da casa mãe [o primeiro restaurante do chefe], no País Basco. Depois de me conhecerem tornámo-nos grandes amigos e trouxeram-me um projeto que ninguém podia negar: a torre mais alta de Portugal, com 360 graus de vista panorâmica, com uma vista incrível (…). Estás num país que é um dos templos da matéria-prima, tínhamos tudo para o fazer”, afirmou.

Para Martín Berasategui o sucesso do espaço em Lisboa depende também da “dedicação” dos portugueses que integram a equipa.

“Tenho portugueses a trabalhar comigo que são uma maravilha. São pessoas que dão tudo para ser bons cozinheiros, bons pasteleiros ou bons padeiros”, destacou.

O chefe de 10 estrelas Michelin disse ainda que o novo restaurante “toca o seu lado mais sensível”.

“Sinto-me cada vez mais um português. Cada vez que venho tratam-me como nunca imaginei que fosse possível. Esta nova casa é incrível”, confidenciou.