Na época de verão é importante reforçar a atenção no momento da compra, conservação e processamento dos alimentos. De forma a evitar problemas inerentes ao consumo de comida estragada, é importante ter em consideração algumas recomendações.
A nutricionista Ana Rita Lopes sugere
- Verifique sempre a data de validade antes de consumir um alimento e não os deixe muito tempo fora do local refrigerado.
- Evite ingerir os alimentos que estiveram um longo período à temperatura ambiente e mantenha-os longe da luz solar.
- Cozinhe muito bem os alimentos evitando os crus ou mal cozinhados e opte por cozinhar apenas a quantidade que pretende consumir no momento. A conservação deve ser feita em recipientes fechados para que não exista contacto entre os alimentos crus e cozinhados, evitando a contaminação cruzada.
- Quando quiser transportar os seus alimentos seja para a praia ou para um piquenique utilize sempre bolsas/malas térmicas, recorra às placas térmicas de gelo para aumentar o tempo de refrigeração e utilize papel no fundo das bolsas e entre os recipientes para evitar a circulação do ar.
10 alimentos a evitar
Cuidados extra com a carne e peixe
No que diz respeito às carnes, tenha em atenção o cheiro e a cor das mesmas: um tom azul acinzentado é indicativo da má qualidade do alimento. Já os peixes crus, quando apresentam um cheiro intenso, um tom castanho amarelado e os olhos pouco brilhantes, não são uma boa opção.
Atenção aos ovos e laticínios
Para avaliar a qualidade dos ovos, coloque os mesmos dentro de um recipiente com água: se flutuarem não estão próprios para consumo. Relativamente aos laticínios, confirme sempre o prazo de validade e se apresentam ou não um cheiro a azedo.
Já a qualidade dos queijos pode variar: se forem de consistência dura e apresentarem bolor podem ser consumidos se retirar a parte estragada, em contrapartida os queijos moles não devem ser consumidos se apresentarem bolor ou uma coloração esverdeada.
As doenças que se arrisca a apanhar
A ingestão de comida deteriorada é a principal causa para a proliferação de doenças de origem alimentar (infeções e intoxicações alimentares). Estas doenças são, essencialmente, provocadas por bactérias, vírus e parasitas. De uma forma geral, a origem mais comum nas doenças alimentares é a de origem bacteriana.
Salmonella (carne de vaca, aves ou produtos feitos com ovos, mal cozinhados), Campilobacter, Escherichia Coli (alimentos mal cozinhados, como carne mal passada ou salada, ou preparados com poucos cuidados de higiene), Bacillus cereus (carnes, leite, arroz e vegetais cozinhados, mas que são guardados a temperaturas pouco adequadas) e Listeria são alguns dos exemplos de bactérias patogénicas que se apresentam em alimentos contaminados.
Ainda que existam diversas doenças alimentares, os sintomas das mesmas são comuns: diarreia, vómitos, náuseas, cólicas e febre. Estes sintomas surgem, por norma, no mesmo dia em que se ingeriu o alimento contaminado e a intensidade destes sintomas variam de acordo com a quantidade que foi ingerida.
As recomendações são da nutricionista Ana Rita Lopes.
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