Há perto de sete anos os inveterados apreciadores de marisco, de cozinha portuguesa e moçambicana sabem que encontram nos espaços Ibo Restaurante e Ibo Mar um porto seguro para as suas incursões gastronómicas. Sabem, também que, sentados à mesa nestas casas geridas pelo empresário João Pedro Pedrosa, encontram uma ilha de paz no atarefado Cais do Sodré. Costas voltadas para o bulício da cidade e portas abertas ao Tejo, este tão próximo que cinco ou seis passos medeiam entre restaurante e rio.

Neste verão de 2016, a família Ibo duplicou, desta feita espraiando a oferta para um café e geladaria. Contíguos ao restaurante e à marisqueira funcionam, agora, o Ibo Café e Geladaria Fiori. O primeiro numa estrutura construída de raiz, aproveitando a rua que antes existia entre os espaços já em exploração e a casinha de madeira recuperada para a geladaria.

Vamos por partes. No Ibo Café, um espaço amplo capaz de acomodar 66 pessoas na sala e perto de 60 na esplanada, o convite à degustação faz-se para lá da carta. A disposição da sala, abre-a ao rio através de janelas amplas, cores claras nas paredes e no mobiliário. O espaço com um pé alto de quase três metros respira frescura, uma leveza que João Pedro Pedrosa e o pai Daniel Pedrosa Lopes, quiseram tornar extensível à carta.

Para além da incontornável pastelaria, salgados, pizzas, saladas, as propostas deste Ibo Café, incluem um considerável leque de petiscos: Puntillitas (9,00 euros), Camarão cozido de Moçambique (100 g/3,50 euros), Choco grelhado com molho de malagueta verde (8,50 euros), Anchovas com alho, coentros e azeite (9,00 euros). Isto para citar apenas alguns dos pratos de uma oferta que varia em função dos dias.

Não falta, também, um clássico da casa, a sanduíche Lili da Polana (9,00 euros), um prego do lombo em pão torrado com molho de bife, cebola roxa, tomate e maionese. Vem emparelhado com batatinhas fritas às rodelas e com um conselho do João: “escolham para acompanhar uma das qualidades de piripiri feitas aqui na casa com malagueta fresca”.

Para casar com estes petiscos, há uma interessante carta de cervejas (ex. Dunkel, Amber, Check, Weiss), batidos e sumos naturais (ex. sumo de cenoura, ou manga, ou maça), cocktails (ex. Margarita, Tequila Sunrise, Caipirinha, Mojito, Piña Colada), assim como perto de duas dezenas de gins (ex. Big Boss, Beefeatar, Nautilus, Nordés, G´Vin), whiskies, vinhos, espumantes e champanhe.

Do café à geladaria a viagem é curta e não carece de passagem pela rua. Na Fiori não muda apenas a oferta, a atmosfera também é outra. Estamos numa casinha de madeira que data do século XIX, agora recuperada. Uma estrutura acolhedora, em tons frescos e cativantes. Há mesinhas convidativas e cadeiras com almofadas. E, claro, há gelados. No total são 15 sabores diferentes. Em comum o facto de serem produzidos por uma fábrica artesanal. De resto a tradicional oferta em copo ou em cone. De sublinhar o gelado com sabor a caju, que ganha com a torra prévia do fruto seco; o gelado de maçã reineta, o de manjericão e o de cheesecake.

De acordo com João Pedro Pedrosa “a geladaria está a ser um sucesso, supera as nossas expetativas”. Um sucesso ao qual não será estranha a localização deste espaço, ponto de passagem turístico à beira Tejo.

Ibo Café e Ibo Geladaria

Rua da Cintura do Porto de Lisboa (Cais do Sodré)

Ibo Café: Horário: Segunda a domingo das 10h00 às 21h00

Fior: Horário: Segunda a domingo das 12h00 às 20h00

Lisboa: No Ibo há carta para lá das carnes e mariscos