‘Bifes da Meia-Noite’ é o título do novo livro de Carlos Consiglieri e Marília Abel, editado pela Dinalivro, e conta como os bifes entraram na culinária portuguesa no séc. XIX. Entre o confronto com a cozinha francesa e a defesa de uma gastronomia nacional, o bife lá foi ocupando o seu lugar, fazendo as delícias de intelectuais e burgueses boémios da época áurea do Chiado. A obra faz a ligação do bife à cerveja, que também sofreu um grande desenvolvimento na altura, bem como aos bons vinhos de mesa.
Daí o livro ter sido apresentado no Teatro São Carlos, em cujo restaurante o Chefe Máximo se esmerou na preparação dos bifes segundo velhas receitas, adequadas às exigências modernas de higiene alimentar.
‘Bifes da Meia-Noite’ é o resultado de “dois anos de leitura de almanaques, revistas antigas, jornais e recolha de recordações orais”, explica o autor. “O livro vai suportar as tertúlias no São Carlos a partir de Setembro. É uma viragem do São Carlos à cidade”, que conta com convidados como Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso ou Jorge Sampaio, entre outros. O objectivo é “debater problemas de sempre antecipado com uma bifalhada à antiga”, promete Carlos Consiglieri.
Bifes da meia-noite
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Quando os bifes invadiram a Europa, vindos de Inglaterra, o confronto com a cozinha francesa foi inevitável. Carlos Consiglieri explica porquê e dá receitas de bifes do séc. XIX neste novo livro.
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